Ano Jubilar na Arquidiocese de Curitiba

ano-jubilar

De 8 de setembro de 2018 até 30 de setembro de 2019 a Arquidiocese de Curitiba vive a comemoração aos 350 anos de fundação da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, hoje Catedral Basílica Menor. O Ano Jubilar, decretado em toda a Arquidiocese, teve início em 8 de setembro de 2018, Solenidade de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, e terá seu encerramento em 30 de setembro de 2019, aniversário de 125 anos da instalação da Diocese de Curitiba. Uma missa no dia 28 de setembro de 2019 será realizada para marcar o encerramento do Ano Jubilar.

A alegria de poder viver esse Ano Jubilar é de todos os fiéis, sobretudo porque a Catedral é nossa “casa comum” e a casa da nossa mãe, a Senhora da Luz – padroeira não apenas da paróquia da Catedral, mas de toda a Arquidiocese de Curitiba.

Neste Ano Jubilar, a devoção a Nossa Senhora da Luz dos Pinhais deve ser aprimorada e estimulada, para que nossa Padroeira seja mais conhecida e amada entre todos os fiéis de nossa Arquidiocese.

catedral
350 anos da Paróquia da Catedral
Fundada em 1668, a Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais completou 350 anos em 8 de setembro de 2018. Hoje, a paróquia carrega o título de Catedral Basílica Menor. A Solenidade da Padroeira de 2019 será realizada em meio às comemorações do Ano Jubilar.  Confira a programação.
350
Por que fazer um Ano Jubilar?
O jubileu é uma tradição do povo de Deus desde o Antigo Testamento. É visto como um ano sagrado, de libertação e descanso. Ao longo da história da Igreja, anos jubilares foram proclamados com diferentes espaços de tempo e por diferentes razões, como os 300 anos de Aparecida ou o Ano da Misericórdia. Saiba mais aqui.
selo
O selo comemorativo
Na Solenidade de Corpus Christi 2018, foi oficialmente lançado um concurso para a escolha do Selo Comemorativo do Jubileu de 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. A submissão de respostas foi até o dia 30 de junho e a autora do selo ganhador foi Vera Andrion. Veja o selo.
A Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba

[accordion autoclose=false clicktoclose=true]

[accordion-item title=”O título mariano”]
A devoção a Nossa Senhora da Luz é de origem portuguesa, de meados do século XV. O agricultor Pero Martins, de Carnide (hoje distrito de Lisboa) foi levado como prisioneiro pelos árabes muçulmanos para o norte da África. Em sua prisão, todas as noites rezava incessantemente à Santíssima Virgem Maria, pedindo que o livrasse. Atendendo a seu pedido, Maria apareceu-lhe em sonho por trinta noites consecutivas, prometendo que o livraria da prisão no final destas trinta noites.

E assim foi feito: na manhã do trigésimo primeiro dia, Pero encontrava-se em sua cidade natal e foi cumprir o que Maria lhe havia mandado, de ir buscar uma milagrosa imagem Sua junto à Fonte do Machado, de onde muitos já viam sair, há cerca de um mês, uma misteriosa luz. Pero Martins recolheu a imagem e colocou-a à veneração dos fiéis, onde foi construída uma pequena igreja. Em 1575, D. Maria, princesa de Portugal, devota de Nossa Senhora da Luz, mandou construir um grande e suntuoso templo, concluído apenas em 1596, para onde foi levada a imagem do milagre.
[/accordion-item]

[accordion-item title=”A devoção  – Lenda da fundação de Curitiba”]
A escolha de Nossa Senhora da Luz como padroeira de Curitiba foi dos primeiros povoadores, especialmente do paulista Francisco Soares do Vale, membro de uma conhecida família de São Paulo, que teria se desentendido com o governador da capitania e, vendo-se obrigado a fugir, veio parar nos campos de Curitiba.

Depois de mandar trazer sua família, que veio acompanhada da família de Lourenço Rodrigues de Andrade, fez morada às margens do Rio Atuba, onde já estavam assentados alguns faiscadores do ouro de aluvião.

Junto do Atuba, surgiu a Lenda da Fundação de Curitiba, que conta que a imagem de Maria amanhecia todos os dias virada para onde hoje é a Praça Tiradentes. Os povoadores decidiram então se mudar para a região, pedindo ao Cacique Tindiquera, da tribo dos Tinguis, que lhe indicasse um local adequado. O cacique, então, fincou uma vara no chão, exclamando Core-etuba (“muito pinhão”).

Ali os povoadores se organizaram, onde hoje é o marco-zero da cidade, construindo, por volta de 1654, uma pequena capela dedicada à Virgem da Luz dos Pinhais, onde se venerou a primeira imagem.

curitiba

Fundação de Curitiba, Theodoro de Bona, Salão Nobre do Colégio Estadual do Paraná.

[/accordion-item]

[accordion-item title=”As imagens”]
A primeira imagem, feita em terracota (barro cozido), foi trazida de São Paulo pelos povoadores em meados do século XVII. Ocupou o trono na primeira capelinha e é parte do acervo do Museu Paranaense desde que foi incorporada por Romário Martins, em 1902.

A segunda imagem, também de terracota, feita em Portugal, foi entronizada em grande festa no dia 16 de novembro de 1720 para ocupar o nicho central da Antiga Matriz. Quando substituída pela atual imagem, acabou perdida e foi reencontrada pela Arquidiocese apenas em 1975, que a readquiriu e em 1981 a integrou no acervo do Museu de Arte Sacra de Curitiba.

A terceira e atual imagem, que ocupa o trono central no Altar-mor da Catedral Basílica, foi feita em Portugal no início da segunda metade do século XIX. Em madeira de pinho de riga, é de qualidade e beleza artística singular. Possui ganchos nas orelhas e furos nos pulsos, para que, próximo de sua festa (a 8 de setembro), as damas piedosas adornassem a imagem com suas preciosas joias pessoais. A data exata de sua chegada a Curitiba não é conhecida; contudo, em 1889, era essa a imagem bordada no estandarte dos festeiros.

imgs-nossa-senhora
[/accordion-item]

[accordion-item title=”Decreto do Ano Jubilar”]
PROCLAMAÇÃO DE ANO JUBILAR EM TODA A ARQUIDIOCESE DE CURITIBA POR OCASIÃO DOS 350 ANOS DE FUNDAÇÃO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA LUZ DOS PINHAIS DA CATEDRAL BASÍLICA

A todos e a cada um que as presentes letras virem, graça, benção, saúde e paz da Trindade Santa, que é Pai, Filho e Espírito Santo.

Em Curitiba, o culto a Nossa Senhora da Luz mescla-se à própria fundação do município, tendo seus primeiros habitantes levantado no que é hoje a Praça Tiradentes uma pequena ermida em meados do século XVII. Alguns anos mais tarde, em 1668, teria sido ereta a Paróquia de Nossa Senhora da Luz de Curitiba, no mesmo ano em que foi erguido o Pelourinho. Nessa instituição, a mais antiga da cidade, foram eleitos e empossados os homens justos que criaram “câmara e justiça”, prestando juramento diante do Vigário de então, o Padre Antônio de Alvarenga, sob o dulcíssimo olhar de Maria Santíssima, Virgem da Luz, invocada como mãe e padroeira dos primeiros homens dessas terras das matas de pinheirais: a Senhora da Luz dos Pinhais.

Transcorridos os séculos, passando a Senhora da Terra das Araucárias por três moradas a ela dedicadas, sendo a última delas o atual tempo da igreja Catedral Basílica, os filhos e as filhas dessa terra continuam a alegremente celebrar aquela que lhes indicou o caminho certo a seguir e o local preciso a se assentar.

Tendo isso em conta, juntamente com o bem espiritual dos fiéis e a propagação dessa pia devoção, DECRETO um Ano Jubilar em todo o território da Arquidiocese de Curitiba por ocasião dos 350 anos de fundação da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, e ainda pela passagem do aniversário de 125 anos na inauguração da igreja Catedral Basílica e 25 anos de sua elevação à graça de Basílica Menor.

O centro e o ápice da Igreja Particular de Curitiba é a Catedral Basílica, como templo maior e mantenedora da Paróquia Jubilar. Contudo, possa esse ano ser bem celebrado em todas as paróquias, capelas, oratórios, seminários, casas religiosas e no meio do povo de Deus em todo o território Arquidiocesano.

Há de se iniciar oficialmente no dia 8 de setembro de 2018, e de se concluir no dia 30 de setembro de 2019, aniversário de 125 anos da instalação da Diocese de Curitiba, ocorrida com a posse de seu primeiro bispo, Dom José de Camargo Barros.

Seja este decreto transcrito na íntegra em todos os Livros do Tombo das paróquias da Arquidiocese, e nelas comunicado ao povo de Deus no dia de início do Ano Jubilar.

Dom José Antonio Peruzzo
Arcebispo de Curitiba

[/accordion-item]

[accordion-item title=”Depoimentos de fiéis”]
lucinete-e-maridoJosé Augusto e Lucinete
Nós somos do interior do Paraná e viemos para Curitiba em 1979 (José Augusto) e 1983 (Lucinete) para estudar. Começamos a frequentar o grupo de jovens da Catedral e ali nos conhecemos e começamos a namorar. Nessa caminhada em conjunto, nos formamos Ministros da Eucaristia e trabalhamos bastante com a Pastoral Familiar. Nos casamos em 1985, na Catedral, onde nossos dois filhos foram batizados nos anos seguintes. Quando fizemos 25 anos de casados, em 2010, celebramos lá nossas bodas de prata.

Nós mudamos de bairro algumas vezes, mas sempre mantivemos um vínculo com a Catedral, com as pastorais e enquanto Ministros da Eucaristia. É uma alegria continuar trabalhando na Catedral na medida do possível. Toda a nossa vida esteve ao redor dela: foi a paróquia em que nos conhecemos e começamos nossa vida de caminhada a dois, e também onde crescemos enquanto família e na nossa fé. Aprendemos muito e pudemos contribuir de alguma forma com essa comunidade.

É um desafio, mas continuamos abertos, todos os dias, a essa missão que nos foi confiada por Deus. Estamos com 33 anos de casados e, se for a vontade de Deus, quem sabe celebraremos nossas bodas de ouro na Catedral.

marcos-nunesMarcos Nunes
Eu trabalho na Liturgia há 30 anos. Na catedral, iniciei em 2006, a convite do hoje Pe. Celmo, da Diocese de São José dos Pinhais. A primeira vez que cantei na Catedral foi exatamente no dia 6 de junho de 2006, Missa de Corpus Christi. Estou há cinco anos na missa que acontece ao meio-dia na Basílica, e em fevereiro assumi a coordenação da música, após 12 anos de serviço. A Catedral é muito importante na minha vida, somente pelo fato de que é a nossa Igreja Mãe. Fico feliz em fazer parte desta família maravilhosa que é a Catedral Basílica Menor de Curitiba!

aldoAldo Nishimuni
Frequento a Catedral há mais de 14 anos e participo da Santa Missa das 12h de segunda a sexta-feira. Aos sábados e domingos, participo na Paróquia Nossa Senhora das Dores, no Bigorrilho, onde moro. Pelas condições de estar próxima ao meu trabalho, aproveito o horário do almoço para primeiro suprir as necessidades da minha alma e agradecer a Deus por todas a graças recebidas no dia-a-dia. Participo também da formação do Opus Dei e da Grande Família do Sagrado Coração – GFASC. A Catedral estará sempre presente em minha vida, porque nesse período conheci muitas pessoas e fiz muitos amigos.
[/accordion-item]

[/accordion]

Confira o site da Catedral de Curitiba