Casa Santa Dulce dos Pobres acolhe migrantes desabrigados da ocupação do Campo de Santana
No último dia 10 de janeiro, a Polícia Militar do Paraná (PMPR) cumpriu uma ordem judicial de reintegração de posse em uma ocupação no bairro Campo de Santana, em Curitiba, onde viviam cerca de 150 famílias em situação de vulnerabilidade. Eles estavam no local desde junho de 2022.
Diante desta situação, o Serviço Pastoral do Migrante, Cáritas, Dimensão Sociotransformadora da Arquidiocese de Curitiba, padre Joaquim Parron, além de ONGs, Movimentos Sociais e instituições do serviço público e privado estiveram presentes para amenizar o sofrimento das famílias despejadas.
O padre Parron, conhecido pelo trabalho SOS Vila Torres, conseguiu recolocar alguns desalojados em outros assentamentos.
E após a informação de que no local havia em torno de 40 famílias de migrantes, representantes da Cáritas, Dimensão Sociotransformadora, Paróquia Sant’Ana e Serviço da Pastoral do Migrante, foram até o assentamento na intenção de buscar caminhos para acolher os migrantes.
Ivete Bussolo, coordenadora da Pastoral do Migrante, fez um relato:
“A Paroquia Sant’Ana estava ao lado da barricada. Fomos, então, acolhidos pelos padres Antônio e Hélio e pelo diácono Walter e de lá íamos obtendo notícias do padre Parron (que estava do lado de dentro) e de outras pessoas de fora: padre Eguione, o arcebispo dom José Peruzzo, Elizete, Lucia, Ana Lídia, Padre Hermes… E juntos pudemos pensar em estratégias e fazer pontes. Quando a questão dos migrantes – que era nossa missão – parecia ter sido resolvida, recebemos a notícia de que ainda havia 18 migrantes desalojados, sem destinos, entre eles oito crianças. Foi necessária muita negociação, com mediação de pessoas de movimentos que já estavam dentro do assentamento, para que tivéssemos autorização de entrar.”