Movimento das Capelinhas completa 81 anos na Arquidiocese de Curitiba

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Levar a Palavra através da Capelinha de Maria, chegando a lugares onde muitas vezes a única presença de Cristo é nesta visita. Essa é uma das possíveis descrições da importância do Movimento das Capelinhas, que atualmente conta com cerca de 10 mil capelinhas de Maria visitando os lares da região que a Arquidiocese de Curitiba abrange. Em cada local uma realidade diferente, mas sempre fortalecendo o sentimento de pertença à Igreja e formando uma cultura de encontro. Os números revelam ainda o grande alcance deste movimento: chega a 300 mil a quantidade de lares visitados mensalmente e considerando a média de pessoas nos lares, estima-se que sejam atingidas até 900 mil pessoas mensalmente na arquidiocese.

Com muita alegria, no dia 6 de outubro o Movimento das Capelinhas da Arquidiocese de Curitiba teve a celebração de seus 81 anos de existência. A celebração foi na paróquia Santo Antônio de Orleans, com cerca de 800 articipantes e contando com formação sobre “busca da Santidade”, assessorada pelo Pe. Rivael de Jesus, Reitor do Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Lourdes. A Santa Missa foi presidida por Dom Francisco Cota e co-celebrada por Frei João Bernardes e padre Regis Bandil, que é o assessor eclesiástico do movimento. A missa também foi de envio das novas coordenadoras do movimento: Carmen Brancaleone, como presidente, e Eunice Tamburi como vice.

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Sobre o Movimento de Capelinhas

Até 1936 em toda Arquidiocese de Curitiba só existiam 22 (vinte e duas) Paróquias sendo que 21 (vinte e uma) delas se localizam na área do interior. Na Capital só havia a Paróquia Mãe, Catedral, dedicada à Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

No ano de 1936 a comunidade católica da “Cidade Sorriso” foi enriquecida e beneficiada com a criação de 9 (nove) novas Paróquias, sendo 7 (sete) na Capital. Nesse ano o saudoso Arcebispo Dom Ático Eusébio da Rocha, criou as paróquias de: Imaculado Coração de Maria, Sant´Ana (Abranches), Santa Cândida, Santo Antonio (Orleans), São Francisco de Paula, Senhor Bom Jesus (Cabral), Senhor Bom Jesus (Portão) , Sagrado Coração de Jesus (Murici) , São Miguel (Tomáz Coelho).

Mais tarde mais Paróquias, foram criadas, sendo a Paróquia Cristo Rei (1937), Quitandinha, Catanduva e Santa Terezinha ( 1941 ) e Porto Amazonas (1949).

No governo de Dom Manuel da Silveira D’ Elboux (1950-1970) foram criadas 53 (cinquenta e três) novas paróquias e no governo de de Dom Pedro Fedalto, a partir de 1971 foram criadas mais 53 (cinquenta e três) novas Paróquias.

A Paróquia do Imaculado Coração de Maria, foi confiada à Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Claretianos). Em 1937 foi nomeado com vigário o Revmo. Pe. Roberto Peres, que dirigiu a Paróquia até 1942.

No intuito de organizar a pastoral da nova Paróquia, e ansioso para atrair as famílias para uma maior aproximação da Igreja e de Cristo, o Padre vigário já conhecendo os frutos que o movimento de capelinhas, na Espanha e mesmo no Brasil, não titubeou em iniciar o Movimento de Capelinhas em sua Paróquia. Pois seria um meio eficaz para ir ao encontro e conhecer as famílias a ele confiadas e fazê-las assumir a missão com leigos engajados na Paróquia e sociedade.

Com o plano esquematizado, era necessário agora lançar a ideia para que as famílias aderissem ao Movimento de Capelinhas, e o primeiro a peregrinar foi o próprio vigário, que começou a bater de casa em casa, falando de seu plano, e expondo os benefícios que as famílias receberia de Maria e o grande impulso espiritual para a Paróquia. Depois de muitas visitas conseguiu as duas famílias que se prontificaram a serem coordenadoras do Movimento de Capelinhas, na Paróquia Imaculado Coração de Maria: Coordenadores, Alcebiedes e Sofia Dall’ Stella, Aurora Buzatto e esposo.

Meio caminho estava andado, porém faltavam os instrumentos materiais, isto é as capelinhas e imagens. Sem perder tempo Pe.Roberto Peres, encomendou de São Paulo, duas (02) capelinhas com a imagem do Sagrado Coração de Maria.

Imediatamente se inscreveram as 30 (trinta) famílias para cada capelinha e assim as 60 (sessenta) famílias paroquianas abriram as portas de seus lares para que a ” Peregrina de Nazaré” entrasse e convivesse com elas, as alegrias e tristezas e preocupações de toda família, porém trazendo a mensagem evangélica e repetindo o milagre de Caná, transformando as dificuldades das famílias, num vinho saboroso e substancioso que é a presença de Cristo.

E numa tarde fria de Agosto, mas de Céu azul, já com as primeiras estrelas aparecendo, A Paróquia engalanou-se envolta numa atmosfera festiva, entre fogos de artifícios, bimbalhar de sinos e dezenas de velas acessas, numa procissão com a imagem de Maria que deixava a Igreja Matriz, para fazer as famílias a Igreja “Viva” onde (Ela) reinaria para sempre em toda a Arquidiocese de Curitiba.

A data de 26 de Agosto de 1937 é considerada, oficialmente, como natalicio do Movimento de Capelinhas em Curitiba. A primeira Capelinha que circulou pela cidade encontra-se exposta no Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba.

Da Paróquia Imaculado Coração de Maria, o Movimento a os pouco, foi se espalhando para outras Paróquias, e durante muito tempo o Movimento de Capelinhas foi organizado apenas a nível paroquial; Cada Paróquia elegia a sua diretoria que desempenhava um trabalho pastoral e devocional, mais muito restrito, isto é, cada Paróquia fazia as suas próprias normas e dependia muito do vigário a continuação ou não deste apostolado e isso poderia levar o Movimento de Capelinhas a cair no esquecimento e desaparecer.

Diante disso o Sr.Arcebispo Dom Manuel da Silveira D’Euboux, grande devoto de Nossa Senhora e certo que o Movimento de Capelinhas, erá um grande movimento de evangelização, importante para as famílias, fez que o Movimento, passasse a ter um cunho Arquidiocesano, e assim, nomeou a diretoria do Movimento de Capelinhas.

Em 15 Dezembro de 1967, no salão Paroquial da Igreja do Senhor Bom Jesus (Centro), realizou-se a primeira reunião do Movimento das Capelinhas.

Informações de acordo com o Livro Ata do movimento, inicial que assim foi constituída. Assinam o Livro Ata:
Dom Pedro Fedalto – Diretor
Pe.José Antônio Canivaro ( CMF ) Assistente Eclesiástico
Edy Caprilhone – Presidente
Ana Justa Juzewicz – Secretaria