Ano Mariano – Maria, a Mãe Aparecida

24-03

Desde o seu início nossa Igreja teve a presença maternal da mãe do Senhor Jesus. Conforme nos narra o livro dos Atos dos Apóstolos: “eram perseverantes na oração, com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus” (At 1, 14). Deste modo, contamos sempre com a intercessão de Maria Santíssima até o hoje de nossa história, pois ela é nossa mãe sempre presente e atuante, por isso foi honrada pela Igreja com o título de “Intercessora”.

A intercessão de Maria aos seus filhos espalhados pelo mundo inteiro rendeu-lhe vários nomes e títulos, conforme as necessidades dos povos que lhe recorriam pedindo auxílio e proteção. Em Fátima, Portugal, aparece a três crianças e pede-lhes que rezem o terço em pleno período de guerra. No México ela se apresenta como uma senhora de pele morena ao índio Juan Diego, em meio a um contexto de exclusão indígena e pobreza.

E em nosso Brasil, Maria também deixa se aparecer no fundo do Rio Paraíba do Sul no ano de 1717, a três simples pescadores, que após nada pescarem durante a noite inteira acabam pescando no início do dia uma imagem negra da Senhora Conceição. Maria vem ao povo brasileiro no marco da história da escravidão, ela se faz negra para adentrar em nossa cultura, tradições e costumes. Pela intercessão de Maria, a Senhora Aparecida, nosso povo recebeu e recebe inúmeras graças e bênçãos para as suas vidas, fazendo-a assim conhecida e amada por todos.

Neste ano de 2017 estamos vivenciando o ano Nacional Mariano, justamente para fazermos memória dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Queremos louvar Maria sob o título de Nossa Senhora Aparecida e aprender com ela o amor pela Santíssima Trindade e o Reino de Deus. O ano Mariano, portanto, é uma grande oportunidade para aprofundarmos a nossa fé e a nossa devoção às virtudes de Maria, sua obediência e fidelidade a Deus Pai, seu seguimento de discípula missionária de Jesus, e abertura e docilidade ao Espírito Santo, que “nela fez maravilhas” (Cf. Lc 1, 46).

Que neste ano possamos viver como Maria viveu e juntos proclamarmos com o Papa Francisco que “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”, e com ela queremos ser discípulos missionários do Amor Divino no cotidiano de nossas vidas.

Ir. Lucimar Nascimento de Novais, MAD