A Assembleia Legislativa aprovou nesta segunda-feira (24), em última discussão, o projeto de lei 274/2015, que inclui o aniversário do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba, no Calendário Oficial de Eventos do Paraná. A proposta segue agora para sanção governamental.
A inclusão da data no Calendário Oficial, segundo o deputado Nereu Moura, é uma forma de reconhecer a importância do Santuário, que comemora o Jubileu de Diamante pelos 60 anos de fundação, completados neste ano de 2015. A inauguração da estrutura, denominada Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, aconteceu em 9 de janeiro de 1955, como parte integrante das comemorações do primeiro centenário da emancipação política do Paraná.
A Paróquia recebeu o título de Santuário em 7 de novembro de 2014. “A celebração oficial foi realizada com a presidência do então arcebispo metropolitano, Dom Moacyr José Vitti e a celebração do atual pároco, o padre Reginaldo Manzotti, que a partir de então, se tornou pároco reitor”, destaca o parlamentar.
A história da paróquia se mistura com as celebrações da emancipação do Estado. Na época, em janeiro de 1955, também foram construídos alguns dos principais marcos históricos da capital do Paraná, como o Teatro Guaíra (início da construção do atual prédio, em 1952) e a Biblioteca Pública do Paraná, com a inauguração do atual prédio em 1954.
O primeiro pároco do Santuário foi monsenhor Bernardo José Krasinsk. O cargo passou a ser ocupado no dia 8 de janeiro de 2006, pelo padre Reginaldo Manzotti, que “arrasta multidões” em suas missas celebradas diariamente com participação de milhares de fiéis.
“Com a posse do padre Manzotti, a igreja também passou a ser conhecida nacionalmente, pois se tornou sede da Associação Evangelizar é Preciso, um projeto desenvolvido pelo sacerdote que busca a evangelização pelos meios de comunicação”, afirma Nereu Moura.
Sobre Nossa Senhora de Guadalupe
Nossa Senhora de Guadalupe é padroeira das Américas e seu dia comemorado em 12 de dezembro. Sua aparição é um mistério que desafia a ciência. Foi em 1531, em uma cidade do México, ao indígena Juan Diego Cuauhtlatoalzin, na época convertido e batizado pela Igreja Católica.
Pelos relatos, Nossa Senhora apareceu a ele e lhe pediu que colhesse no alto de um morro as mais lindas flores. Como era inverno, ele não acreditou que encontraria, mas para seu espanto se deparou com rosas de espécies magníficas. O indígena então devia levar ao bispo, que exigira alguma prova de que efetivamente a Virgem havia aparecido.
Ele então utilizou a seu manto para levar as flores e milagrosamente a imagem de uma linda mulher com pele morena e traços europeus, surgiu no manto e até hoje permanece intacta sem qualquer sinal de deterioração.
Atualmente o “Manto de Guadalupe”, como é chamado, se encontra exposto na Basílica Nossa Senhora de Guadalupe, no México. O título de padroeira das Américas foi dado pelo então papa João Paulo II, em 1979 e devido à miscigenação da mulher na imagem ela representa a solidariedade entre os povos e suas culturas.
Fonte: Assembleia Legislativa do Paraná
Foto: Geizom Sokacheski