Padre Fabiano fala sobre as superstições que rodeiam o mês de outubro

O mês de outubro é cercado de superstições e crendices. E neste ano, em especial, por ter uma “sexta-feira 13”, o assunto ficou ainda mais em evidência. Profecias, lendas e simpatias para ter sorte no mês povoaram as rodas de conversas e principalmente as redes sociais.

Para esclarecer algumas questões, padre Fabiano Dias Pinto reitor do Seminário Rainha dos Apóstolos contextualizou algumas questões e reforça “viver em Cristo é viver segundo seus ensinamentos e não com arbitrariedades”.

Padre Fabiano lembrou de Dom Estevão Bittencourt, monge beneditino do Rio de Janeiro que dizia que tudo não se passava de crendices. “Tanto no novo testamento quanto no antigo, nas cartas como aos efésios, por diversas vezes a superstição é condenada”, diz o padre.

Segundo ele, é próprio da condição humana criar suposições, relativizar e criar significados. “O número 13 é citado diversas vezes nas escrituras. Treze foi o número de comensais da Santa Ceia, que terminou com a morte de dois deles – o suicídio do traidor e a morte de Jesus Cristo. Então, pode ser relacionado à morte. Por outro lado, no famoso “jogo do bicho”, o número 13 é equivalente à borboleta, que remete à liberdade e a leveza”, explica padre Fabiano.

Como exemplo da busca constante por explicações sobrenaturais, padre Fabiano cita sinais como a figa, um símbolo de mentira – ou sorte – ou ainda o ato de bater na madeira. “A mão é sinal de ação humana. Quando você bate na madeira afastaria o mal ou quando faz figa, você prende o dedo polegar, então o sentido é de algo que não pode pegar, seja para o bem ou para o mal. Já o sinal da cruz não pode ser crendice. Ele pode ganhar sentido em se fortalecer ou pedir proteção em determinado momento, mas não por crendice, pois chegaria a ser um desrespeito com o sagrado”, ensina.

Já sobre o mês de outubro, mais que o mês das bruxas ou algo assim, padre Fabiano lembra que foi em um 13 de outubro que ocorreu a última aparição de Nossa Senhora de Fátima. “Para nós cristãos mais vale rezar um terço do que buscar qualquer outro modo de proteção”.

Padre Fabiano reforça que o verdadeiro cristão, aquele que tem fé, não precisa de crendices, pois a confiança nos ensinamentos de Jesus Cristo já basta. “Invocar a proteção divina é sempre uma forma correta de se fortalecer, mas não se pode fazer isso como uma simpatia ou um ritual esotérico”, finaliza.

 

Padre Fabiano Dias Pinto Reitor do Seminário Rainha dos Apóstolos

 

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Comissão de Comunicação da Arquidiocese de Curitiba