Assembleia Arquidiocesana

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[accordion-item title=”Do que se trata tudo isso?”]

Em 2019, a Arquidiocese de Curitiba iniciou um caminho: decidimos escutar amplamente nosso povo católico e, inclusive, pessoas não católicas, tendo como temas principais as orientações do Documento de Aparecida a fim de sermos Igreja que está em missão e faz discípulos em inspiração catecumenal.

Paralelo a este movimento, o Papa Francisco convocou a Igreja toda a se colocar em Caminho Sinodal de 2021 a 2023, o que veio a enriquecer nossa reflexão local e nos coloca em condições de enviarmos para a Santa Sé o a voz de toda a Igreja de Curitiba.

Ambos os caminhos são concomitantes, paralelos e estão em sinergia: Caminho da Assembleia e Caminho Sinodal.

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[accordion-item title=”Tempos e etapas do Caminho”]

TEMPO DE PREPARAÇÃO DA ASSEMBLEIA: elaboração do projeto e subsídios que o acompanham (questionários, apresentações e formações, entre outras). Março a dezembro de 2018.
TEMPO DA ESCUTA: questionários para levantamento dos clamores que brotam das realidades paroquiais, setoriais, comissões e arquidiocesana (a ser feito nas paróquias e comissões pastorais). Primeiro semestre de 2019
CAMINHO PAROQUIAL DE ESCUTA SOBRE SINODALIDADE: Período de escuta de nossas comunidades a fim de enviar as contribuições para o Sínodo dos Bispos. Este tempo irá nos ajudar e nos preparar para as duas fases do Caminho da Assembleia que se seguirão. Primeiro Semestre de 2022
CAMINHO PAROQUIAL DE OPÇÕES PASTORAIS 1: Reflexão acerca da realidade apresentada pelos questionários sobre Missionariedade e Inspiração Catecumenal e decisões acerca das linhas gerais pelas quais nossa Arquidiocese e suas comunidades paroquiais irão caminhar. Segundo Semestre de 2022
CAMINHO PAROQUIAL DE OPÇÕES PASTORAIS 2: Reflexão acerca da realidade apresentada pelos questionários sobre Missionariedade e Inspiração Catecumenal e decisões acerca das linhas gerais pelas quais nossa Arquidiocese e suas comunidades paroquiais irão caminhar. Primeiro Semestre de 2023
CAMINHO DIOCESANO DE DEFINIÇÕES DE DIRETRIZES: definição de planos concretos de ação, à luz das diretrizes (a acontecer paralelamente no Caminho da Assembleia 2 e se seguir a ela) Segundo Semestre 2023
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[accordion-item title=”Três grandes temas que nos acompanham no Caminho”]

Sinodalidade – Ser Igreja em comunhão: leigos e clero, vida religiosa – todos juntos nas decisões
Missionariedade – Ser Igreja em saída: que o estado permanente de missão nos impulsione
Inspiração Catecumenal – Ser Igreja mistagógica: que forma discípulos em um itinerário rumo à semelhança com Jesus
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[accordion-item title=”1º Fase do Caminho”]

Neste primeiro semestre de 2022 refletiremos sobre a Sinodalidade. É o primeiro trajeto de nosso caminho!
As comunidade deverão ler e responder às questões que se encontram nas páginas 7 a 16 do subsídio (Caminho Paroquial de Escuta sobre Sinodalidade)
São ao todo 19 questões.
[accordion-item title=”Tema do Sínodo”]

“Para uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”

Comunhão: Deus reúne-nos como povos diversos de uma só fé, através da aliança que oferece ao seu povo. A comunhão que partilhamos encontra as suas raízes mais profundas no amor e na unidade da Trindade.
Participação: Toda a comunidade, na livre e rica diversidade dos seus membros, é convocada para rezar, escutar, analisar, dialogar, discernir e aconselhar na hora de tomar as decisões pastorais.
Missão: A nossa missão é testemunhar o amor de Deus no meio de toda a família humana. Este Processo Sinodal tem uma dimensão profundamente missionária.
[accordion-item title=”Qual é o significado da logomarca do Sínodo?”]

“O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio.” Papa Francisco (Doc. Preparatório, 1)

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[accordion-item title=”Objetivos do Sínodo”]

O objetivo deste Processo Sinodal não é apenas fazer uma série de exercícios que começam e param, mas um caminho de crescimento autêntico rumo à comunhão e à missão que Deus chama a Igreja a viver no terceiro milênio. (Vademecum, p. 8)

Este caminho em conjunto será um chamamento a renovar as nossas mentalidades e as nossas estruturas eclesiais, a fim de vivermos o chamamento que Deus faz à Igreja por entre os atuais sinais dos tempos. (Vademecum, p. 8)

[accordion-item title=”Questão Fundamental do Sínodo”]

O atual Processo Sinodal que estamos a empreender é orientado por uma questão fundamental: Como é que este “caminhar juntos” tem lugar, hoje, a diferentes níveis (desde o local ao universal), permitindo que a Igreja anuncie o Evangelho? E quais os passos que o Espírito nos convida a dar para crescermos como Igreja sinodal? (DP 2). (Vademecum, p. 8)

[accordion-item title=”Finalidade da Fase de Consulta do Sínodo”]

Doc. Preparatório, 31: Favorecer um amplo processo de consulta, para recolher a riqueza das experiências de sinodalidade vivida, nas suas diferentes articulações e aspetos, envolvendo os Pastores e os Fiéis das Igrejas particulares em todos os diversificados níveis, através dos meios mais adequados, em conformidade com as realidades locais específicas. Será de importância fundamental que encontre espaço também a voz dos pobres e dos excluídos, e não somente daqueles que desempenham alguma função ou responsabilidade no seio das Igrejas particulares.

[accordion-item title=”Quem pode participar do Sínodo?”]

As dioceses são chamadas a ter em conta que os principais sujeitos desta experiência sinodal são todos os batizados. É preciso ter especial cuidado para envolver as pessoas que possam correr o risco de serem excluídas: mulheres, deficientes, refugiados, migrantes, idosos, pessoas que vivem na pobreza, católicos que raramente ou nunca praticam a sua fé, etc. É necessário também encontrar meios criativos para envolver as crianças e os jovens.

[accordion-item title=”Cronograma do Caminho Sinodalidade”]

CAMINHO DAS PARÓQUIAS (de 18 de abril a 29 de maio de 2022):

O representante do CPP ou o Pároco organizam encontros de escuta e discernimento. Ao final do processo enviar o relatório:
À coordenação de Setor, que irá compilar os resultados para apresentar no encontro nas Regiões Episcopais
Enviar também ao Centro de Pastoral para registro e arquivo.
CAMINHO DAS REGIÕES EPISCOPAIS (12 de junho de 2022 – Solenidade da Santíssima Trindade): Reuniões para discernimento sobre as respostas do Caminho sobre Sinodalidade dos setores. Coordenadores de Setor, alguns Párocos, religiosas e um grupo de leigos farão a síntese da Região. (Primeiramente, havia a proposta de se realizar assembleia com todos os párocos e CPPs, mas em discernimento, percebeu-se não haver necessidade de grande assembleia para se fazer este resumo)

RELATÓRIO PARA O SÍNODO DOS BISPOS (Segunda quinzena de junho à 13 de Julho de 2022): A equipe do Sínodo dos Bispos, respeitando os documentos enviados pelas Regiões Episcopais, 13 Comissões, e demais grupos escutados, elabora o relatório de 03 páginas a ser enviado à CNBB.

[accordion-item title=”Como organizar as reuniões?”]

As comunidades e grupos que responderem às questões, precisam fazê-lo em espírito de oração e sincero desejo de ajudar a Igreja em sua escuta sinodal.
NENHUMA das questões deve ser respondida sem que se leia a respectiva explicação da mesma no Subsídio Para o Caminho, apresentado pela Arquidiocese de Curitiba, que tem por finalidade ajudar na condução deste processo pastoral.
Precisamos escutar as lideranças da comunidade. Contudo, a Santa Sé pede que se busque envolver pessoas que normalmente não são ouvidas em nossos conselhos. Pessoas que podem fazer parte dos grupos:
Coordenadores leigos de Pastorais
Membros do Clero e religiosas(os)
Fiéis que somente frequentam as missas, mas não participam de nenhuma pastoral/movimento
Adolescentes e Jovens
Idosos
Pessoas assistidas pela Pastoral Social da Comunidade
Católicos não praticantes
São muitas e complexas as questões. Não será produtivo responde-las em grupos muito grandes e em um único dia. Sugerimos aos responsáveis paroquiais organizar “caminhos de escuta”, dividindo as questões e distribuindo-as em grupos menores de fiéis, que, ao longo de um tempo determinado poderão fazer um ou mais encontros de debates e produzir seus próprios relatórios.
Ao final do processo, em uma Reunião Paroquial de todos os que estiverem participando, as respostas são lidas, podem ser sugeridas pequenas emendas e, depois de aprovadas, devem ser escritas no arquivo próprio para o relatório.
Para que o Sínodo surta efeito, todos os participantes precisam compreender bem cada questão e sentir-se escutados.
Perguntar se as palavras foram compreendidas e se o grupo entende qual resposta a Igreja precisa. Só prosseguir se houver plena compreensão de todos.
Evitar que se dê uma resposta diferente do que objetiva a pergunta.
Dar voz a cada um dos participantes.
Havendo divergência de ideias, será preciso:
Realizar o discernimento de qual resposta irá realmente ajudar a Igreja a dar passos rumo à melhor sinodalidade – e nem sempre será a resposta mais agradável.
Se houver duas propostas divergentes, pode-se fazer votação entre as ideias.
Contudo, se não houver consenso, que se escreva no relatório final (de forma breve) as duas (ou mais) opiniões divergentes.
[accordion-item title=”Atitudes do participante do processo Sinodal (Vademecum, p. 14 – 17)”]

Ser sinodal requer tempo para a partilha
A humildade de escutar deve corresponder à coragem de falar
Dialogar para chegar à novidade
Abertura à conversão e à mudança
Ser capazes de auxiliar no discernimento espiritual das questões
Ser sinais de uma Igreja que escuta e caminha
Deixar para trás preconceitos e estereótipos
Vencer o flagelo do clericalismo
Curar o vírus da autossuficiência
Derrotar as ideologias
Dar origem à esperança
Ser capazes de “gastar tempo com o futuro”:
Uma perspectiva inovadora
Ser inclusivo: ouvir todos e cada um
Ter a mente aberta
Uma compreensão de “caminhar juntos”
Compreender o conceito de uma Igreja corresponsável
Aproximação através do diálogo ecumênico e inter-religioso
Evitar todas as armadilhas e tentações de manipulações
[accordion-item title=”Como fazer o relatório paroquial?”]

A arquidiocese disponibilizará um formulário para que os redatores finais redijam as respostas da Comunidade Paroquial. Deve-se usar apenas este documento para preenchimento! Se a paróquia não tiver acesso a ele, entrar em contato com o Centro de Pastoral na Cúria Metropolitana para que seja enviado.
Por motivos práticos, cada resposta precisará ser sucinta. Limitamos a 1.300 caracteres com espaço (cerca de 15 linhas em Arial 11, margens moderadas).
[accordion-item title=”Documentos para as reuniões”]

SUBSÍDIO PARA O CAMINHO – Todos devem ter acesso a ele, seja projetado, impresso ou eletronicamente. (Acesse aqui o material)
DOCUMENTO AUXILIAR PARA RELATÓRIO PAROQUIAL – Os coordenadores de CPP, párocos e relatores finais devem utilizá-lo para orientação. (Acesse aqui o material)
[accordion-item title=”Vídeos sobre o processo Sinodal (links)”]

Entrevista Sínodo

Passos para a realização do Sínodo

História do Sínodo

Diretrizes e Orientação para a realização do Sínodo

[accordion-item title=”Relatório Final Assembleia Arquidiocesana – Caminho Sinodal”]

Relatório Final Caminho Sinodal

Equipe Arquidiocesana de reflexão do Sínodo:
Pe. Alexsander Cordeiro Lopes
Ir. Angela Negrete Adriazola
Kelma Petillo
Marluce Bely
Robert Rautmann
Diác. Sidney Lemes
Pe. Valdir Borges
Diác. Walter Saraiva

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[accordion-item title=”2º Fase do Caminho”]

[accordion-item title=”Textos de Apoio para o Caminho das Opções Pastorais”]

SOBRE A RENOVAÇÃO DA IGREJA PELA RENOVAÇÃO DA PARÓQUIA

Diversas questões de nossa pesquisa versaram sobre a apreciação e avaliação geral da Igreja Católica, especialmente a porção dela presente em nossa Arquidiocese. Buscamos a renovação de nossa arquidiocese e de nossas comunidades paroquiais, iluminados pelos seguintes textos:

A PARÓQUIA, COMUNIDADE DE COMUNIDADES (DO DOCUMENTO DE APARECIDA, 170 – 174)

Entre as comunidades eclesiais nas quais vivem e se formam os discípulos e missionários de Jesus Cristo as Paróquias sobressaem. Elas são células vivas da Igreja81 e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e a comunhão eclesial82. São chamadas a ser casas e escolas de comunhão. Um dos maiores desejos que se tem expressado nas Igrejas da América Latina e do Caribe motivando a preparação da V Conferência Geral, é o de uma corajosa ação renovadora das Paróquias, a fim de que sejam de verdade “espaços da iniciação cristã, da educação e celebração da fé, abertas à diversidade de carismas, serviços e ministérios, organizadas de modo comunitário e responsável, integradoras de movimentos de apostolado já existentes, atentas à diversidade cultural de seus habitantes, abertas aos projetos pastorais e supra-paroquiais e às realidades circundantes”. Todos os membros da comunidade paroquial são responsáveis pela evangelização dos homens e mulheres em cada ambiente. O Espírito Santo que atua em Jesus Cristo é também enviado a todos enquanto membros da comunidade, porque sua ação não se limita ao âmbito individual. A tarefa missionária se abre sempre às comunidades, assim como ocorreu no Pentecostes (cf. At 2,1-13). A renovação das paróquias no início do terceiro milênio exige a reformulação de suas estruturas, para que seja uma rede de comunidades e grupos, capazes de se articular conseguindo que seus membros se sintam realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo em comunhão. A partir da paróquia é necessário anunciar o que Jesus Cristo “fez e ensinou” (At 1,1) enquanto esteve entre nós. Sua pessoa e sua obra são a boa nova da salvação anunciada pelos ministros e testemunhas da Palavra que o Espírito desperta e inspira. A palavra acolhida é salvífica e reveladora do mistério de Deus e de sua vontade. Toda paróquia é chamada a ser o espaço onde se receba e acolha a Palavra, celebra-se e se expresse na adoração do Corpo de Cristo e, assim, é a fonte dinâmica do discipulado missionário. Sua própria renovação exige que se deixe iluminar de novo e sempre pela Palavra viva e eficaz. A V Conferência Geral é uma oportunidade para que todas as nossas paróquias se tornem missionárias. O número de católicos que chegam a nossa celebração dominical é limitado; é imenso o número dos distanciados, assim como o número daqueles que não conhecem a Cristo. A renovação missionária das paróquias se impõe, tanto na evangelização das grandes cidades como do mundo rural de nosso Continente, que está exigindo de nós imaginação e criatividade para chegar às multidões que desejam o Evangelho de Jesus Cristo. Particularmente no mundo urbano é urgente a criação de novas estruturas pastorais, visto que muitas delas nasceram em outras épocas para responder às necessidades do âmbito rural. Os melhores esforços das paróquias neste início do terceiro milênio devem estar na convocação e na formação de missionários leigos. Só através da multiplicação deles poderemos chegar a responder às exigências missionárias do momento atual. Também é importante recordar que o campo específico da atividade evangelizadora laica é o complexo mundo do trabalho, da cultura, das ciências e das artes, da política, dos meios de comunicação e da economia, assim como as esferas da família, da educação, da vida profissional, sobretudo nos contextos onde a Igreja se faz presente somente por eles. CONVERSÃO PASTORAL DA PARÓQUIA (DOCUMENTO 100 DA CNBB, NÚMERO 8) “Basicamente, a conversão pastoral da paróquia consiste em ampliar a formação de pequenas comunidades de discípulos convertidos pela Palavra de Deus e conscientes da urgência de viver em estado permanente de missão. Isso implica em revisar a atuação dos ministros ordenados, consagrados e leigos, superando a acomodação e o desânimo. O discípulo de Jesus Cristo percebe que a urgência da missão supõe desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos.

IGREJA EM SAÍDA

Diversas questões de nossa pesquisa versaram sobre a apreciação e avaliação da missionariedade da Igreja. Em nossa assembleia, desejamos encontrar caminhos para a renovação missionária de nossa arquidiocese e de suas comunidades paroquiais, iluminados pelo seguinte texto:

IGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSÃO (do Manual do Missionário, da Arquidiocese de Curitiba)

Desde o lançamento do Documento de Santo Domingo, em 1992, a Igreja na América Latina vem refletindo sobre a necessidade urgente de realizarmos nova evangelização em todo nosso continente latino-americano. Das reflexões realizadas naquela década, muitas iniciativas trouxeram novo ardor a nossa Igreja Particular de Curitiba e contagiaram nossas comunidades. Estas reflexões, somadas às propostas feitas pela Santa Sé para a celebração do Jubileu do ano 2000, motivaram nossa Igreja Particular a realizar, naquele ano, as Santas Missões Populares, com o lema “Boa-Nova em todos os lugares”. Diversas atividades organizadas naquele ano, motivaram, e ainda motivam, muitas de nossas lideranças. Quinze anos depois, sentimos necessidade de retomar aquele processo e dar-lhe continuidade, provocando nossa Igreja a não apenas realizar ações missionárias pontuais e que se encerram em determinada data, mas a colocar-se em estado permanente de missão, convocando para 2015 um ano dedicado à missão e que desencadeasse processos de missões permanentes em toda nossa Igreja Particular. Esta necessidade brota da urgência em se anunciar o Evangelho em meio a um mundo descrente e necessitado do encontro com o Senhor. As atuais reflexões feitas pelo Episcopado Latino-Americano e Caribenho, bem como da chamada de nosso Papa Francisco a sermos uma Igreja “em saída” nos impulsiona a seguirmos adiante nessa empreitada. De fato, no ano de 2007, os cristãos da América Latina e Caribe testemunharam um encontro que marcou uma virada histórica na vida de nossas Igrejas Locais: a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, em Aparecida. Neste novo pentecostes, nossos bispos convocaram a Igreja a uma “firme decisão missionária [que] deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos pastorais de dioceses, paróquias, comunidades religiosas, movimentos e de qualquer instituição da Igreja. Nenhuma comunidade deve se isentar de entrar decididamente, com todas suas forças, nos processos constantes de renovação missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé.” (DAp 365). A partir desta convocação, assumimos no continente o compromisso da realização da Missão Continental, colocando-nos em estado permanente de missão. Com a eleição do Papa Francisco em 2013, sua presença no Brasil para a Jornada Mundial da Juventude convocando-nos a assumirmos efetivo compromisso missionário, e ainda, seu documento Evangelii Gaudium, sentimos ainda mais a necessidade de provocarmos todas as nossas comunidades a “avançar no caminho duma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão.” (EG 25). Com o Santo Padre, o Papa Francisco, afirmamos: “neste momento, não nos serve uma ‘simples administração’. Constituamo-nos em ‘estado permanente de missão’ (EG 25) em toda nossa Igreja Particular”. Nossa grande meta como Igreja, portanto, tem sido colocarmos as forças de nossas comunidades eclesiais, em especial as paróquias, em chave missionária, realizando a renovação proposta pelo Documento “Comunidade de Comunidades: uma nova paróquia” da CNBB. O foco de todos os esforços deve ser a missão, e os missionários se formam ao redor da Palavra de Deus, em uma Paróquia organizada em pequenos grupos – células da Igreja que se faz presente em todos os lugares. Como Igreja Local, em comunhão entre nós e testemunhando nosso compromisso com o Cristo que nos convoca a ir mais longe, precisamos dar prosseguimento ao que o Espírito tem nos inspirado nos últimos anos.

SOBRE A INSPIRAÇÃO CATECUMENAL

Diversas questões de nossa pesquisa versaram sobre a apreciação e avaliação da aplicação da Inspiração Catecumenal da pastoral da Igreja. Em nossa assembleia, desejamos encontrar caminhos para a renovação da pastoral de nossa arquidiocese e de nossas comunidades paroquiais inspirados pelo modelo catecumenal da Igreja, iluminados pelo seguinte texto:

INSPIRAÇÃO CATECUMENAL DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA (da Apostila “A INSPIRAÇÃO CATECUMENAL NA VIDA PASTORAL DA IGREJA”, de Pe. Luciano Tokarski)

Jesus era mistagogo. Seu ministério era simbólico, orante e vivencial. Jesus propôs um itinerário de fé para os discípulos, formando-os, gradualmente. Houve um primeiro chamado, um aprendizado e um convívio. Textos de Apoio Para o Caminho das Opções Pastorais 19 Houveram etapas na missão, envio, discipulado, aprofundamento. Nós precisamos imitar o máximo possível o jeito de Jesus evangelizar. “As paróquias são chamadas a ser casas e escolas de comunhão: espaços da iniciação cristã, da educação e celebração da fé, abertas à diversidade de carismas, serviços e ministérios, organizadas de modo comunitário e responsável, integradoras de movimentos de apostolado já existentes, atentas à diversidade cultural de seus habitantes, abertas aos projetos pastorais e supra-paroquiais e às realidades circundantes. A tarefa missionária se abre sempre às comunidades, assim como ocorreu no Pentecostes”. (cf. Doc 100, 170-171) O Concílio Vaticano II nos convida a superar uma mentalidade fragmentada da ação pastoral. Faltam-nos processos integrais: mais bíblicos, celebrativos e vivenciais. Oferecemos ainda cursinhos para aquisição de sacramentos, reuniões demoradas e mal preparadas, atividades pastorais sem planejamento, encontros, simpósios e congressos sem mística, assistencialismo desnecessário e entre outros. É preciso abandonar as estruturas ultrapassadas. O Ritual da Iniciação Cristã de Adultos – RICA indica os passos do processo catecumenal, com ritos que marcam a passagem de uma etapa a outra. Divide-se em 4 tempos: pré-catecumenato (fase querigmática), catecumenato (fase doutrinal), purificação e iluminação (fase espiritual) e mistagogia (fase vivencial) e três etapas: celebração de admissão no catecumenato, celebração de eleição e inscrição do nome e celebração dos sacramentos na Vigília Pascal. A Igreja nos convida a uma retomada pastoral: a inspirar nossa ação pastoral no processo do catecumenato antigo. Inspirar-se nos modelos e ações dos primeiros cristãos. Eles foram exemplares e eficazes na sua ação pastoral. Não lhes faltava mística, comprometimento e testemunho. Portanto, a iniciação à vida cristã é o caminho gradual, contínuo e permanente que introduz a pessoa na vida de Jesus Cristo. Ser iniciado na vida de Jesus Cristo, no modo de viver de Jesus Cristo. É conhecer, encantar-se e seguir os passos do Mestre. A inspiração catecumenal é o elemento inspirador de todo processo iniciático, evangelizador e missionário da Igreja. Ela está no germe de nosso jeito de ser cristão. Usamos símbolos para evangelizar, oramos, pensamos em etapas, acompanhamos processos. Este é o nosso jeito de ser, e que precisa ser compreendido e resgatado da antiguidade.

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA INSPIRAÇÃO CATECUMENAL:

Processos graduais e definidos: A gradualidade é elemento fundamental no processo de inspiração catecumenal. A gradualidade forma o processo de vida e fé. A fé amadurece mediante um processo, tanto pelas diferentes etapas evolutivas da pessoa como pelo conteúdo de fé em si mesmo e pelo modo como esta é acolhida e assimilada. “A iniciação pode ser definida como um caminho progressivo, por meio de etapas, de ritos e de ensinamentos, que visam realizar uma transformação religiosa e social do iniciado” (IVC 78). É processo marcado por tempos, etapas, ritos, sinais, exercícios, símbolos, gestos que expressem os passos dados e os compromissos assumidos no caminho de fé. Estes irão moldando o coração do cristão e firmarão os seus pés na Palavra. É preciso definir processos graduais em nossas pastorais e movimentos: recomendam-se etapas (períodos) e celebrações que marquem o fim de etapas no itinerário pastoral e assinalem a passagem de um grau a outro. O interlocutor vai sendo introduzido passo a passo na vida de Igreja, corpo de Cristo. Itinerários celebrativos na ação pastoral: Para os cristãos é necessário crer o que se reza, rezar o que se crê. A oração da Igreja celebra o mistério de Cristo e o mistério de Cristo é o conteúdo da vida pastoral. O agir pastoral deve conduzir ou despertar para a experiência de fé. É preciso pensar, organizar e estabelecer roteiros celebrativos das pastorais ou movimentos de nossa Igreja. São pequenas celebrações ou para-liturgias que introduzem no mistério de Cristo. Celebra-se o que evangeliza. Pode-se elaborar um itinerário celebrativo em determinada pastoral (ex: roteiro celebrativo para a preparação de noivos). Pode-se utilizar de um breve rito de eleição, de admissão, de renovação ou consagração. Talvez, organizar o rito de entrega de um símbolo, orações de benção, imposição de mãos, celebração da Palavra, pequenos momentos celebrativos (luz, água, unção, aliança), celebrações penitenciais ou pascais, celebração de noivado, de ingresso na vida religiosa ou celebração quaresmal e preparação próxima para assumir a assessoria no grupo de jovens, liturgia orante das comunidades ou meditação de textos bíblicos intercalados com refrões meditativos. Processos mistagógicos (acompanhamento e aprofundamento permanente): Em se tratando de pastoral não se finaliza processos quando se recebe os sacramentos. É preciso propor ações pastorais pós-sacramentos. É preciso intensificar e aprofundar a vida de fé em comunidade. A comunidade é o lugar de mistagogia. Talvez um dos maiores e novos desafios pastorais. É o acompanhamento pastoral permanente. Algumas ações podem ser inseridas em nossos projetos pastorais: acompanhamento pós-sacramento, catequeses litúrgicas, visitas missionárias, exercícios de caridade, elaboração de plano de vida espiritual, aprofundamento do sentido do domingo e do ano litúrgico, grupos de partilhas de experiências, grupo de encontros catequéticos e orantes (ex: “Caminhando”) ou estudo de documentos eclesiais.

Centralidade na Leitura Orante da Palavra: A Palavra é princípio e fim na vida pastoral da Igreja. É Palavra que não muda e nos chama ao seguimento de Jesus Cristo. A Igreja nos vai educando na escuta da Palavra. É preciso, portanto, lê-la, escutá-la e meditá-la em comunidade. É urgência pastoral resgatar a dimensão bíblica da vida da Igreja. A leitura orante é o método eficaz que nos ajuda a saborear a Palavra e a criar laços íntimos com Deus. Consiste na leitura de um trecho bíblico, repetida uma ou mais vezes, acompanhada de silêncios interiores, meditação, partilhas e orações espontâneas. Dimensão simbólica da oração cristã: A palavra “símbolo” em sua origem grega significa juntar, unir, congregar. É uma coisa que lembra outra. O símbolo esconde e, ao mesmo tempo, revela uma realidade muito maior. O símbolo deve falar por si, ou seja, é um sinal. Ele torna a compressão e a sensibilidade mais aguçada. Quando temos que explicar é porque não está comunicando bem. A explicação limita a comunicação e o sinal. Na ação pastoral convém utilizar bem os gestos, os ritos e os símbolos litúrgicos da Igreja. O simbolismo catequético-litúrgico é um dos elementos fundamentais do processo catecumenal. O uso de simbologias favorece o aspecto celebrativo e a pedagogia catecumenal. Vivência comunitária e inserção pastoral: O processo catecumenal envolve toda a comunidade. Ela é responsável por aqueles que estão no caminho de fé ou desejam conhecer Jesus Cristo. A comunidade é lugar e meta da vida cristã, ou seja, todo e qualquer trabalho pastoral deve conduzir para a vivência comunitária e inserção pastoral. A comunidade é o lugar do exercício de ministérios, carismas e serviços. O estilo catecumenal “educa para a vida de fé na comunidade, alimenta-a e renova” (IVC 55)

[accordion-item title=”SUBSÍDIO PARA ASSEMBLEIAS PAROQUIAIS”]

Apostila em pdf da Assembleia Arquidiocesana 2019-2023

[accordion-item title=”SUBSÍDIO PARA ASSEMBLEIAS PAROQUIAIS-trecho 2ª fase”]

Trecho da página 21 a 34 (Caminho de Opções Pastorais 2) da Apostila em pdf da Assembleia Arquidiocesana 2019-2023

[accordion-item title=”APRESENTAÇÃO CAMINHO OPÇÕES PASTORAIS 1″]

Apresentação da condução dos trabalhos da 2ª fase da Assembleia Arquidiocesana

[accordion-item title=”OPÇÕES PASTORAIS 1″]

Trata-se da “Apostila Azul” das páginas 21 a 34, em forma de apresentação, facilitando assim a visualização do grupo que irá responder as questões

[accordion-item title=”RELATÓRIO PAROQUIAL OPÇÕES PASTORAIS 1″]

Trata-se do formulário que deverá ser preenchido pela comissão.

IMPORTANTE: NÃO USAR OUTRO FORMULÁRIO A NÃO SER ESTE!

 

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[accordion-item title=”3º Fase do Caminho”]

  • Neste primeiro semestre de 2022 refletiremos sobre a Sinodalidade. É o primeiro trajeto de nosso caminho!
  • As comunidade deverão ler e responder às questões que se encontram nas páginas 7 a 16 do subsídio (Caminho Paroquial de Escuta sobre Sinodalidade)
  • São ao todo 19 questões.