De volta ao Brasil, participantes da JMJ contam como foi a experiência na Polônia

Os jovens que estiveram na Jornada Mundial da Juventude já voltaram para casa e agora conseguem dimensionar melhor o impacto das experiências que tiveram. Os curitibanos faziam parte da grande delegação brasileira, a 7ª maior de todo o evento e a única de fora da Europa entre as dez mais numerosas.

Uma semana depois da JMJ, alguns dos jovens que representaram a Arquidiocese de Curitiba contam como foi a experiência de estar perto do Papa e como o evento está repercutindo em suas vidas.

Aline Poletto na JMJ de Cracóvia
Aline Poletto na JMJ de Cracóvia

Para Aline Poletto, da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Campo Largo , JMJ é assunto recorrente nas conversas. Desde que voltou de viagem, sempre fala com os amigos sobre as experiências e o quanto foi bacana. Ela conheceu a Jornada em 2013, na edição do Rio de Janeiro, e desde então movimentou os amigos para que pudessem estar na JMJ de Cracóvia. Juntos, eles fizeram eventos durante 1 ano para poder arrecadar dinheiro e custear a viagem.

Qual foi o momento mais marcante da JMJ?

“O momento mais especial para mim foi quando vi o Papa. Tínhamos feito uma programação para visitar alguns lugares e ainda participar da vigília, mas por causa do movimento na cidade não íamos conseguir chegar a tempo. Um guarda nos disse que o Papa ia passar por ali e decidimos esperar, já que íamos nos atrasar, o que foi incrível, porque conseguimos ve-lo de perto e ele acenou para nós. O momento da vigília, em que o Santíssimo entra, é muito marcante também. Nós lembramos de tudo que passamos para estar lá, todas as dificuldades, e ter aquele momento, em que todos estavam juntos, rezando, é muito gratificante”.

Você traz algum ensinamento da Jornada de Cracóvia?

Sim, com certeza. Quando eu estive na JMJ do Rio, me hospedei em um apartamento, tudo muito confortável. Já em Cracóvia, eu fiquei em uma escola com mais 800 pessoas que falavam português. Não tinha conforto, o banho era gelado, mas quando nós falamos que não estava exatamente bom, muita gente de outros países falava que estava tudo ótimo, que era tudo um banquete. Então nós aprendemos com os irmãos que estavam lá a dar valor a tudo o que se tem”.

Marlon Roza na JMJ em Cracóvia
Marlon Roza na JMJ em Cracóvia

Já Marlon Roza, da Arquidiocese de Curitiba, começou a experiência com a JMJ antes mesmo de viajar, na semana missionária do Brasil, em que criou um laço com as famílias. Em Cracóvia, a experiência foi mais rápida, com menos contato com pessoas de outros países, mas ainda assim tirou lições e trocou experiências de fé e evangelização com grupos de outros países de língua portuguesa.

Qual foi o momento mais especial da Jornada?

“A vigília é sempre um momento muito especial com a missa de envio. O Papa nos deu pistas sobre o papel do jovem, que seria o de assumir a sua responsabilidade, não ficar parado achando que o pecado o impede. Todos somos pecadores, mas Deus nos ama infinitamente”.

Qual a lição que você tira de tudo o que viveu em Cracóvia?

O ensinamento que fica é de renovação da fé. A Polônia foi um país que passou por muitas dificuldades na sua história, mas conseguiram ser um país com pessoas muito carinhosas e misericordiosas. É bom estar em um país tão católico.

ESFORÇO

3007-Miguel-na-peregrinação-de-10-KMMiguel Antunes de Lima tinha apenas 12 anos quando a Jornada Mundial da Juventude aconteceu 3007 Miguel na peregrinação de 10 KM no Brasil, mas depois que o Papa Francisco passou por terras brasileiras, o adolescente tomou uma decisão importante: juntar dinheiro para estar na Polônia, onde ocorreria a edição de 2016. Desde então, fez economias, juntou todo o dinheiro que conseguia e ainda

lavava os carros dos familiares, entre outras atividades, para arrecadar mais fundos para a viagem. O esforço valeu a pena e Miguel aproveitou a volta ao Brasil para contar aos colegas de escola como foi a experiência em Cracóvia e como foi importante ter metas para conseguir realizar este sonho.