Diálogo e escuta foram pontos fortes na Assembleia Geral dos Presbíteros

De 27 a 29 de setembro, mais de 120 padres – diocesanos e religiosos – estiveram reunidos na Casa de Retiros do Mossunguê para a Assembleia Geral dos Presbíteros.

A programação foi marcada por muito diálogo entre os sacerdotes, que em todos os dias se dividiram em grupos menores para discutir temas como Igreja Sinodal, Cultura Urbana, Igreja em Saída e Iniciação à Vida Cristã.

Primeiro dia

O primeiro dia contou com a presença do professor, advogado e cientista político Melillo Diniz do Nascimento. Ele abordou o atual cenário político do país e através de análises de conjuntura, apresentou perspectivas de diálogo e abertura, em vistas à superação do ódio e da polarização que contaminam o atual debate.

“O tema é difícil e polêmico, em várias questões, mas o público foi excepcional, animado, participativo. Surgiram espinhos, mas também algumas flores”, afirmou o Dr. Melillo.

Enquanto os padres apresentavam o relatório dos grupos, Dr. Melillo anotava os pontos principais sobre as reflexões. | FOTO: Amanda Buranelo

Os presbíteros, reunidos em grupos de discussão, partilharam suas experiências e apontaram propostas concretas de caminho para a conscientização da igreja a partir de princípios cristãos.

Para o padre Maurício dos Anjos, coordenador geral do clero, a escolha do tema inicial para a Assembleia não foi somente pela semana que antecede as eleições, mas para despertar nos sacerdotes a necessidade do diálogo. Ele acrescentou:

“Todos nós somos seres políticos e o diálogo é muito importante neste momento para deixarmos de lado as rivalidades e a cultura do ódio e criar uma unidade que seja fundamental em nossa igreja.”

Segundo dia

Na quarta-feira (28), o padre Marcondes Martins Barbosa, coordenador da comissão da Dimensão Missionária Arquidiocesana, apresentou as diretrizes da Comissão nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para uma “Igreja em Saída”, proposta pelo Papa Francisco.

Neste sentido, o padre Estevão Raschietti, missionário xaveriano e especialista em missiologia, falou sobre novos paradigmas para a emergência missionária, conteúdo que consta em seu livro: “A missão em questão – A emergência de um paradigma missionário em perspectiva decolonial”.

Os presbíteros, então, puderam discutir em grupos mudanças e perspectivas para um renovado ardor missionário que transforme todas as pastorais e movimentos em essencialmente missionárias.

Durante os três dias de Assembleia, em vários momentos os sacerdotes foram divididos em grupos menores para uma reflexão mais profunda acerca dos assuntos abordados.
Durante os três dias de Assembleia, em vários momentos os sacerdotes foram divididos em grupos menores para uma reflexão mais profunda acerca dos assuntos abordados.  |  FOTO: Amanda Buranelo

Na parte da tarde, o tema proposto foi a catequese e a iniciação à vida cristã, tema apresentado pelo padre Luciano Tokarski, coordenador da comissão de Animação Bíblico-Catequética. De forma resumida, ele apresentou os desafios do itinerário de formação de crianças e adultos à vida da fé, e propôs uma discussão para avaliar a situação atual de cada paróquia neste assunto.

“Foram reflexões muito ricas acerca dos temas”, destacou padre Luciano, ao falar sobre a apresentação dos grupos.

Terceiro dia

No último dia de Assembleia, foram abordados assuntos referentes à liturgia e à formação dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística (MESC). Os presbíteros aprofundaram temas relativos à celebração do mistério eucarístico e elencaram caminhos para um maior compromisso de cada paróquia em vista à configuração de cada fiel ao Cristo Mestre através da liturgia. O tema foi assessorado pelo padre Mário Barão, coordenador da Comissão Litúrgica.

Confira o álbum de fotos da Assembleia Geral dos Presbíteros AQUI. 

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Por

Setor de Comunicação da Arquidiocese de Curitiba