No sábado (04/02), o Papa Francisco vai receber na Sala Paulo VI, cerca de 1100 protagonistas da Economia de Comunhão (EdC), em grande parte empresárias e empresários que optaram por este estilo de vida pessoal e empresarial. Com eles estarão muitos jovens, pesquisadores e professores que por meio dos estudos e da atividade acadêmica, querem dar um fundamento teórico ao binômio economia-comunhão.
Como surgiu a EdC
A Economia de Comunhão nasceu em 1991, a partir de uma reação à situação escandalosa das favelas que circundam a cidade de São Paulo. A fundadora do Movimento dos Focolares, Chiara Lubich, convidou um grupo de empresários a fundar empresas que, seguindo as leis do mercado, pudessem produzir renda “a ser colocada livremente em comunhão”. O objetivo era soerguer os pobres, oferecer emprego e promover a cultura do dar, em alternativa à cultura do ter.
Desde então, passaram-se 26 anos e hoje a EdC encontra espaço em qualquer área geográfica e cultural, pobre e rica. Numerosos os participantes da Ásia: China, Coreia, Filipinas, Hong Kong, Índia, Malásia, Singapura, Tailândia, Vietnã. A África está bem representada: Burquina Faso, Burundi, República dos Camarões, Costa do Marfim, Etiópia, Uganda, Nigéria, República Democrática do Congo.
Presença maciça de empresários de todo o mundo
Na audiência com o Papa, estarão presentes empresários de 20 nações da Europa, a Austrália e ainda, 11 países das Américas: Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Cuba, México, Panamá, Paraguai, Uruguai, EUA e Brasil.
A curitibana Maria Helena Ferreira Fonseca Faller é a Presidente da ANPECOM, Associação Brasileira de Economia e Comunhão. Ela descreve o perfil do empresário brasileiro que adere à EdC: “Os primeiros empresários que aderiram à proposta da Economia de Comunhão foram movidos a fazer algo concreto pelo fim da pobreza. Essa é a grande questão que nós temos no Brasil: a desigualdade e a pobreza. Dentro dessa ideia há um elemento de cultura que é a vontade de se envolver autenticamente com o problema comunitário.”
Aqui, Maria Helena Fonseca Faller fala da importância deste encontro com o Papa para a EdC: “O Papa Francisco veio num momento histórico muito propício. Ele é um dos grandes líderes mundiais e representa uma grande referência do mundo de quem foi Jesus. Estar com ele é nos colocar em sinergia no movimento fundamental que ele tem promovido de diálogo, de nos fazer entender a necessidade da mudança na cultura, da questão ecológica e da responsabilidade das nossas decisões econômicas e políticas.”