Mês do Migrante na Arquidiocese de Curitiba

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Foto: Letícia Manes – PASCOM

No Brasil, o número de imigrantes registrados, em 2015, foi de 117.745 pessoas, segundo dados da Polícia Federal obtidos pelo portal G1. O aumento foi de 160% se comparado ao número registrado em 2006.

Estes dados demonstram a necessidade de falar sobre migração no Brasil e foram discutidos durante o mês de junho, ancorados à 31ª Semana Nacional do Migrante. A Semana foi promovida pelo Serviço Pastoral dos Migrantes/CNBB, com o tema “Migração e Ecologia: O Grito que vem da Terra”. As celebrações, que acompanham o tema da Campanha da Fraternidade de 2016, buscam colaborar com as discussões sobre a responsabilidade dos seres humanos no cuidado com a Terra.

No âmbito da Igreja Católica, o Papa Francisco tem alertado para não “tratarmos os imigrantes como se fossem parte de um jogo de ping-pong”. Em Curitiba, importantes avanços têm sido alcançados, como a publicação do Plano Estadual de Políticas Públicas para Promoção e Defesa dos Direitos de Refugiados, Migrantes e Apátridas do Paraná: 2014-2016, resultado da pressão da Pastoral do Migrante e outras entidades sociais sobre o Governo do Estado.

Na Arquidiocese de Curitiba, o mês do migrante contou com reuniões com os padres, para que conhecessem a realidade migratória em Curitiba, o seminário filosófico dos missionários Scalabrinianos em Uberaba, celebrações e confraternizações voltadas aos migrantes. Os imigrantes também tiveram apoio para elaboração de currículos, resultado da parceria entre as empresas Exxon e Brado e a Pastoral do Migrante. Grupos da Igreja Evangélica de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, em parceria com o Centro de Atendimento ao Migrante, doaram cestas básicas e roupas em prol dos imigrantes.

De acordo com o Pe. Agler, da Pastoral do Migrante, a intenção era mostrar o multiculturalismo para os curitibanos. “Não somos só brasileiros aqui, então nós precisamos mostrar solidariedade para com os migrantes”, explica.

As comemorações foram importantes, também, para os estrangeiros que vivem em Curitiba. Além de muitos terem escutado canções e orações nos idiomas de seus países de origem, como espanhol, creole e árabe, segundo Pe. Agler, a iniciativa foi importante para que os migrantes percebessem que não estão sozinhos. “Muitos têm a ideia de que são os únicos migrantes e, assim, eles percebem que existem pessoas de diversas nacionalidades aqui”, conta.

As comemorações do mês do Migrante se encerraram com a Santa Missa presidida por Dom José Mário na Paróquia São José e Santa Felicidade, sede do Centro Pastoral dos Migrantes, no dia 26, e teve a presença de padres de diversos continentes, como africanos e asiáticos.

Para mais detalhes da missa de encerramento do Mês do Migrante acesse:

D. José Mário preside Missa de Encerramento do Mês do Migrante na Arquidiocese