“Se quereis progredir no amor de Deus, meditai todos os dias a Paixão do Senhor. Nada contribui tanto para a santidade das pessoas como a Paixão de Cristo”. (São Boaventura)
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Estamos perto da Páscoa e na Sexta-Feira Santa é tradição que alguns grupos realizem a encenação de A Paixão de Cristo como forma de reflexão e catequese. Sobre esse tema, Felipe Borges trás uma reflexão a respeito da arte em comunhão com a fé:
O pecado alterou profundamente a ordem da criação, que consiste na união plena em Deus, nos afastando do seu amor e da mais pura e sincera felicidade. A chegada de Jesus ao mundo e o mistério de sua Santa Cruz vêm como esperança e ajuda para o caminho da vida eterna ao lado de nosso Senhor.
O martírio de Jesus já foi reproduzido de várias maneiras no cinema, nas pinturas e na encenação artística, por exemplo. Tem-se como costume em algumas paróquias realizar a encenação da Paixão de Cristo na Sexta-feira Santa, com o objetivo de resgatar os valores e ensinamentos de Jesus durante o momento de maior prova de seu amor por nós.
Qualquer pessoa que assiste vê a dedicação de Jesus em nos livrar do pecado, todos saem mais pensativos e dispostos a fazer o seu papel em busca da salvação. Porém, não é só quem assiste que aprende. Todos que trabalham na preparação da apresentação se surpreendem com a dedicação, respeito e carinho que é necessário para representar com dignidade toda dor e sofrimento daquele momento.
As dificuldades de representar com respeito trazem alguns obstáculos. Horas de ensaios, de dedicação para montagem da estrutura, sempre dando mais trabalho do que planejado. E os atores? Bom, às vezes ouvimos que “a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”, mas não é nosso caso. A união de toda comunidade favorece muito o crescimento espiritual e o trabalho em equipe, inclusive para os mais tímidos.
Fazer aulas de teatro ou assistir a espetáculos pode proporcionar vários benefícios para pessoas de todas as idades. Além de enriquecer o vocabulário e desenvolver os conhecimentos da trajetória do Deus Filho na terra, ajuda a refletir sobre si mesmo e sobre o mundo, tornando a pessoa mais crítica e aberta a diferenças e novidades. O teatro também aprimora a habilidade de se relacionar com os outros, por ser uma atividade coletiva. Ele também ensina a trabalhar em grupo, o que pode ser benéfico para o trabalho pastoral ou até para a carreira profissional. Outro benefício das aulas de teatro é o desenvolvimento da consciência corporal e da coordenação motora, uma boa razão para as crianças experimentarem as artes cênicas.
A Páscoa é a festa principal da Igreja, a passagem da morte na cruz para a ressurreição. É a vitória de Cristo, plena e definitiva sobre a morte e sobre todos os males. Desse modo, a ressurreição de Jesus mudou totalmente a história da humanidade e de cada ser humano. Pelo pecado, estávamos destinados à morte eterna, à perdição perpétua e total. Pela morte e ressurreição de Jesus nossa morte foi vencida na raiz e obtivemos a perspectiva da nossa ressurreição pessoal e da imortalidade junto ao Pai, na mansão celeste. Na verdade, o anúncio da ressurreição de Cristo e da nossa ressurreição futura é a grande boa nova a ser proclamada em todo o mundo, até o fim dos tempos.
Peçamos que Cristo, ressuscitado, nos guie e nos anime, com seu Espírito Santo, para a construção de uma sociedade justa, humana e solidária!
Felipe E. Araujo Borges