A pandemia havia interrompido por dois anos a iniciativa anual já realizada em sete ocasiões para as crianças no Vaticano. Uma nova edição do “Cortile dei bambini” (“Pátio das crianças” na tradução livre) está de volta para promover um encontro entre o Papa Francisco e os menores que vivem em condições vulneráveis e fragilidade social. O Pontífice vai recebê-los no próximo sábado, 4 de junho, ao meio-dia no horário italiano (7h no Horário de Brasília), no Pátio São Dâmaso no Vaticano.
São cerca de 160 crianças que frequentam uma instituição histórica de assistência fundada por Pio IX, o Sant’Alessio – Margherita di Savoia, de Roma: muitas delas são cegas, deficientes visuais ou com outras deficiências visuais, físicas ou cognitivas. O grupo será acompanhado por amigos e colegas de classe, justamente porque o objetivo da iniciativa, em sua oitava edição, é promover a integração, a inclusão e a luta contra a discriminação e o preconceito.
Um jardim feito sob medida
A iniciativa não é apenas um evento, mas um percurso pedagógico e educativo, que continua durante todo o ano, com atividades preparatórias e momentos de encontro e partilha. Graças à colaboração e intervenção da Confagricoltura, uma organização agrícola italiana, foi criado na instituição “um jardim sensorial para crianças e suas famílias”. Um comunicato explica que o ‘Jardim Invisível’ – projetado pela arquiteta Eleonora Ghezzi com o apoio da organização sem fins lucrativos ‘Senior – The Age of Wisdom’ – é uma área de cerca de um hectare no parque da instituição que oferece experiências táteis, olfativas e sonoras: “nesse lugar sob medida para as crianças, a deficiência deixa de ser uma limitação”. Ali, guiadas por professores e educadores, as crianças do Sant’Alessio – MdS e de escolas vizinhas aprendem a conhecer e a aceitar a si mesmas, o mundo e os outros.
O convite dirigido a adultos e crianças é para aprender a olhar o mundo com os olhos do coração, além dos limites de qualquer preconceito e aparências superficiais, com um espírito de solidariedade e abertura para com o outro: por essa mesma razão, algumas crianças refugiadas, vindas da Ucrânia e acolhidas em Roma pela Igreja de Santa Sofia, também participarão do encontro com o Papa.
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Por
Andressa Collet – Vatican News