Por Irmã Patrícia e Patryck Madeira – COMIDI
Os grupos de cristãos que se reúnem em suas casas são conhecidos com diferentes nomes: Grupos de Reflexão, Grupos de Famílias, Grupos de Vivência Cristã,Pequenos Grupos, Círculos Bíblicos, Comunidades Eclesiais de base, Pequena comunidade de fé, entre outros. O importante não são as denominações, mas a vivência da Igreja de Jesus Cristo. Com o decorrer dos anos, estes grupos foram se configurando de diferentes modos. O destaque está no encontro para a partilha da vida, à luz da Palavra de Deus. Se perseverarem nessa metodologia, na oração e na vivência da Palavra de Deus, certamente terão novas atitudes e nova prática cristã. Na sociedade em que estamos inseridos, encontramos algumas dificuldades, especialmente porque a cultura urbana estimula o anonimato e o individualismo.
O ser humano moderno não suporta a solidão, nem a massificação, mas quer a comunhão, o encontro, o diálogo, a comunidade. Os pequenos grupos oferecem oportunidade de encontro, de amizade e de entreajuda. A principal função da Igreja é evangelizar! E ela evangeliza quando dá testemunho de vida comunitária. A pessoa ou a família que faz a experiência de participar de um pequeno grupo para partilhar a sua fé, realiza vivencia de sua espiritualidade sabendo que esta prática certamente modificará a sua vida e a maneira que se dispõe a vivencia-la e a testemunha-la. Partilhamos aqui um testemunho que recebemos:
Prezada Equipe do Caminhando,
É com muita alegria que vos escrevo para agradecer por este maravilhoso livro que chega todos os anos às nossas mãos, para nos levar a refletir sobre as coisas do alto. Nós somos um grupo de reflexão da paroquia São Pedro Apostolo de Itaperuçu e todas s 2ª feiras nos reunimos para refletir os ensinamentos do livro Caminhando, todos com a Sagrada Escritura na mão. Gostamos muito de nos reunirmos nas casas das famílias, pois é uma maneira de ficarmos em sintonia com Deus, orando, proclamando e refletindo a palavra de Deus, mas também é uma maneira de nós cristãos vizinhos podermos nos visitar, levar o evangelho, confortar os doentes, animar os que estão desanimados na caminhada, pois com esta correria do dia a dia muitas vezes passa desapercebido muitas das dificuldades de nosso próximo, mas nessas reuniões do grupo de reflexão tudo fica mais fácil. Sempre depois da partilha da Palavra e da benção final fazemos uma pequena confraternização onde a família da casa visitada oferece com amor e gratidão um pequeno lanche, aí todos permanecem conversando e partilhando suas alegrias e dificuldades, assim o livro “Caminhando” veio para somar, aumentar a nossa fé e unir as famílias em torno da Palavra de Deus.
Obrigado, equipe do Caminhando por ser esta luz em nosso caminho.
Josélia e seu abençoado grupo de reflexão
Alguns questionamentos que poderão surgir!
Um dos questionamentos mais frequentes é: como é possível criar novos grupos? Para essa pergunta não se tem uma reposta pronta ou automática, no entanto é possível afirmar que algo que contribui imensamente para a criação de novos grupos é a visita nas casas. A maioria das pessoas gostam de ser visitadas. A visita é um gesto profundo, é sinal de consideração, de amizade, de sensibilidade humana, de respeito e carinho pelas pessoas.
Para chegar a formar grupos, a visita deve ser evangelizadora, repetida, recomeçada. Não basta que a visita seja feita em uma espécie de arrastão em que são visitadas todas as casas e depois nunca mais se volta, as visitas precisam ser continuadas. Visitar as casas é uma missão de todos nós!
Outra pergunta recorrente que surge é: quantas pessoas ou famílias devem fazer parte de uma pequena comunidade de fé? Para essa pergunta, é importante lembrar que Jesus começou a Igreja com um grupo pequeno de pessoas. A principal preocupação não deve se o número de participantes, e sim a intenção de produzir frutos e ramificações (binômio: convidar e envolver outras pessoas).
Uma outra pergunta: quem pode participar das pequenas comunidades de fé? Temos uma resposta ampla: TODOS. Porém, esse “todos” fica limitado à estrutura e à organização, mas abre a possibilidade de ampliar com ramificações, de forma que TODOS possam participar.
Para essa pergunta, temos também como resposta a possibilidade da pequena comunidade se organizar de diferentes modos. Vejamos:
• Em geral os encontros acontecem nas casas, o que favorece as pessoas se conhecerem, pois nesta metodologia há o aconchego da família e a proximidade dos vizinhos
• É importante que seja observado o horário em que o encontro irá acontecer, pois, se o mesmo acontecer as 15 horas, provavelmente nem toda a família terá a possibilidade de participar. Assim, outras opções para os encontros acontecerem: no intervalo do almoço em uma sala no local de trabalho, poderá acontecer na universidade, ou então em outro espaço onde as pessoas possam se encontrar.
Por fim, vale lembrar que para ajudar na formação e na revitalização de nossas pequenas comunidades de fé, a Arquidiocese de Curitiba deu início nesse ano de 2016 ao processo de formação para Animadores de Pequenas Comunidades. Desta forma, se você é um animador de pequena comunidade, entre em contato com o COMIDI (21056375 – Ir. Patricia / 21056376 – Patryck) e fique por dentro das formações.