Conhecido como padroeiro das obras de caridade no mundo inteiro, São Vicente de Paulo vivo até hoje. No artigo, confira a história e a vida deste santo.
A família – Seus pais profundamente religiosos, viviam num pequeno povoado, sul da França, como camponeses remediados, com seis filhos, sendo S. Vicente, o terceiro, muito estudioso.
A vocação – Numa noite, o pai propôs aos irmãos, que Vicente iria estudar e até ser candidato ao sacerdócio, pagando os estudos, concordando todos.
Um dia, recebeu uma carta com uma notícia desoladora: a morte do pai. Interrompeu a leitura a pôs-se a chorar. Continuou a leitura. No fim, sua mãe expressava seus nobres sentimentos de dor, dizendo: prossiga seus estudos. Não se preocupe conosco. Deus tirou o chefe, mas Ele não nos abandonará. Ele vai cuidar de nós. Que palavras confortadoras, que balsamo suave ungiu o coração despedaçado de dor do filho.
A 19 de setembro de 1600 com 19 anos, ordenado sacerdote, a mãe reúne os filhos e diz ao filho padre: “O que nós queremos é que seja bom padre. O resto não interessa”.
Assim é que deve ser a família do seminarista, porque os pais e também irmãos devem ser os primeiros formadores dos seminaristas.
Sequestrado e vendido – Um dia, indo de Marselha a Narbone, foi sequestrado por piratas e vendido a um patrão mulçumano de Tunis, África.
Durante dois anos com profunda confiança em Deus, executando com perfeição tudo o que o patrão mandava converteu-se ao Cristianismo e o libertou.
França – Ao retornar à França, encontrou-a de um lado, apresentando-se como a primeira potência da Europa, com o governo de Luiz XIV, o Rei Sol, com os nobres ricos e muito clero, em Paris, sem nenhum zelo pastoral e de outro lado o povo na miséria, analfabeto, ignorante na religião, na prostituição.
Carisma de São Vicente – São Vicente pôs em prática o carisma da caridade, sem ofender as autoridades civis.
Fundou primeiramente a Associação das Damas da Caridade, para voluntariamente socorrer às crianças abandonadas, os adultos sem trabalho e os velhos desamparados.
Reunia os sacerdotes e os formava na tríplice missão de evangelizar os fiéis, santificá-los e serem bons pastores.
Para isto, fundou a 17 de abril de 1625, a Congregação dos Padres Lazaristas, Vicentinos, com a dupla missão: evangelizar os pobres e formar os seminaristas. Hoje são 3.800 padres nos cinco continentes.
Fundou a Congregação das Irmãs Filhas da Caridade, a 29 de novembro de 1633, com Santa Luiza Marilac, com um carisma totalmente diferente das religiosas contemplativas, para atender às crianças abandonadas, órfãs, pobres, as famílias extremamente pobres, os anciãos desamparados, chegando a ser 40.000 no mundo, sendo hoje perto de 20.000.
Brasil – Os Padres Lazaristas, vindos de Portugal, iniciaram sua missão em Minas Gerais, em 1820, no Caraça, sendo um deles o santo bispo de Mariana, Minas Gerais, Dom Antônio Ferreira Viçoso de 1844 a 1875.
Depois vieram os Lazaristas franceses e os brasileiros, devendo-se a eles a formação do clero brasileiro, em muitos seminários do passado.
Paraná – No Paraná, os Padres Lazaristas da Província do Rio, dirigiram o Seminário de São José, de 1896 a 1961.
Os três Padres Vicentinos, vindos da Polônia, fixaram-se na Colônia Tomás Coelho, Araucária, a 04 de julho de 1903.
Até 1969, chegando 93 padres poloneses e com a abertura dos seminários, ordenando-se 103 brasileiros, atenderam não simultaneamente 37 paróquias no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Digna de todo o valor é a Pastoral Rodoviária com diversos missionários com três caminhões, indo aos postos de combustível em todo o Brasil.
Irmãs Filhas da Caridade – As primeiras Irmãs Filhas da Caridade polonesas se fixaram em Abranches, município de Curitiba, abrindo o colégio, mantido até hoje. De Abranches difundiram-se sobretudo no Paraná, abrindo colégios, creches, hospitais também em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A Igreja Católica louva constantemente S. Vicente de Paulo por suas obras de caridade e por isto está bem vivo até hoje.