Tem início amanhã, 1º de setembro, o Mês da Bíblia 2020. Este ano, a Igreja no Brasil vai aprofundar o livro de Deuteronômio e o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11) para animar a realização de atividades em torno da bíblia nos próximos dias. Em uma live realizada pela Edições CNBB dia 27 de agosto, em preparação ao Mês da Bíblia, o bispo de Luziânia (GO), dom Waldemar Passini e membro da Comissão Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), retomou a história e a origem do mês no Brasil e apresentou as orientações da Comissão Bíblico Catequética da CNBB para este ano levando-se em conta o contexto do novo Coronavírus.
Dom Waldemar disse que a Igreja no Brasil e a Comissão Bíblico-Catequética da CNBB estão num tempo de adaptação. “Estamos acompanhando os dramas e as tragédias das pessoas e de seus familiares e também de coisas que afetam a vida de nossas comunidades, cidades, país e mundo”, disse. Afirmou que a Igreja, por ser encarnada nas diferentes realidades, não pode ficar alheia ao avanço do novo Coronavírus. Contudo, o bispo de Luziânia disse que isto não significa que ela deve permanecer parada e se ausentar da reflexão, da oração e dos encontros. Ele reforçou, por outro lado, que são necessárias adaptações. “Esse ano, diante desta realidade, imagino que o lugar da oração e reflexão da família já conquistou espaço. Para o Mês da Bíblia a prioridade deve ser à Palavra de Deus”, disse.
A sugestão da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB é que a oração, a reflexão e os estudos sejam feitos em família sobre o Livro do Deuteronômio, tendo o cuidado de adaptar a reflexão às diferentes idades. O material também, como sugestão da Comissão da CNBB, poderá ser estudado em grupos de convivência que tenham uma espiritualidade bíblica (amigos, colegas de trabalho, círculos bíblicos, entre outros). Uma outra sugestão é fazer encontros à distância pelas plataformas que permitem reuniões online. Encontros, como este, sugeriu dom Waldemar, podem ser organizados pelas comunidades e paróquias.
Como método, dom Waldemar orienta a: A) se ater à leitura contínua do texto proposto, o que ajuda a entender o contexto no qual está inserida a história e a oração com o mesmo. ou B) fazer a leitura orante com os textos bíblicos sugeridos. Momentos importantes, reforçou dom Waldemar, são as celebrações da Palavra e as homilias, onde os ministros leigos e ordenados poderão aprofundar a Palavra de Deus.
“O texto nos é dado como último livro do Pentateuco pelo próprio Moisés. Aí nós encontramos a primeira referência clássica da revelação, sendo Moisés o grande mediador desta revelação entre Deus e o povo que ele escolheu. Mas temos também no livro a resposta que o povo eleito deve dar ao seu Deus: ‘a vivência dos mandamentos como resposta à escolha e aliança estabelecida por Deus com seu povo’”, explicou.
No núcleo do livro, entre os capítulos 12 ao 16, encontra-se o “Código Deuteronômio”, um conjunto de preceitos que vai do culto à relações sociais e familiares e a como lidar com a guerra e com o conflito nas cidades que Israel vai conquistando. “O livro chama a atenção sobre como usar a lei não apenas para ocupar a terra mas também para permanecer nela e torná-la fecunda. É um texto forte que perpassa períodos distintos da história mas sempre com a mesma teologia: a resposta fiel ao Deus que elegeu Israel, Judá o seu povo“, apontou.
Para saber mais sobre o Texto Base do Mês da Bíblia acesse aqui.
Fonte: CNBB