O Tribunal Eclesiástico de Curitiba lança edital para notários e auditores para cooperar com os processos de nulidade matrimonial. A função pode ser preenchida por clérigos e leigos, desde que preencham os requisitos necessários, como idoneidade, discrição e agilidade para questões técnicas como coletar depoimentos, entrevistar partes envolvidas e relatar.
Dom Reginei Modolo, que é bispo auxiliar em Curitiba, diz que esse procedimento vai trazer mais agilidade aos processos. “Com este auxílio, os juízes do tribunal poderão concentrar seus esforços naquilo que é específico e próprio da função que ocupam, enquanto juízes, isto é, a de julgar. Terão assim, mais tempo disponível para esta tarefa e consequentemente, mais processos serão julgados”, afirma.
Para o padre Pedro Carlesso, do Tribunal Eclesiástico, este novo formato de atuação irá beneficiar muito às famílias que buscam auxílio no tribunal “O objetivo desta frente de trabalho é oferecer o suporte necessário às famílias, assim como agilizar o atendimento”, diz o padre.
Para se candidatar às funções, é preciso que o proponente possua uma carta de referência de do padre da comunidade em que atua. São necessárias no mínimo quatro horas mensais de disponibilidade para este trabalho, que será coordenado pelo Tribunal Eclesiástico. Os voluntários passarão por uma formação obrigatória de 12 horas em março de 2024. Após estas etapas, eles estarão aptos a iniciarem o trabalho no segundo semestre de 2024. As funções de notário e auditor não são remuneradas.
Não há critérios eliminatórios quanto a formação do voluntário, porém, é necessário que tenha capacidade de interpretação, bom texto escrito e facilidade de comunicação, assim como boa digitação.