Discernir a vocação nem sempre é uma tarefa fácil. Olhando para a vida de Jesus, destacam-se três aspectos que o acompanharam nos momentos de discernimento: escuta, diálogo e a comunidade.

A escuta pode ser colocada em prática nos momentos de oração e também fazendo boas leituras e pedindo ao Espírito Santo que fale ao nosso coração através daquelas palavras, daquele autor.

A Palavra de Deus é o livro mais indicado, mas existem outros autores que também podem ser consultados durante este discernimento. Confira:

1. Se queres ser perfeito

Temos certeza de que Deus quer ministros para a sua Igreja e seguidores de Cristo segundo os conselhos evangélicos. O amor de Deus, da Igreja e das almas nos impõem o trabalho apostólico vocacional de suscitar, promover, discernir, aconselhar, alentar, acompanhar e formar vocações à vida consagrada e sacerdotal. Por experiência, sabemos que mesmo nos lugares mais difíceis e humanamente mais pobres Deus suscita vocações. Esse pequeno livro se propõe a ajudar os que se sentem chamados ao sublime estado sacerdotal e religioso. Nele estão contidas reflexões de Santos que se aprofundaram no estudo e no incentivo às vocações, como São João Bosco, Santo Afonso Maria de Ligório, Santo Tomás de Aquino e nosso Pai Espiritual, São João Paulo II.

2. Reflexões ao longo de uma fé

No livro Reflexões ao longo de uma fé, Pe. Zezinho nos convida a diálogos sobre os mais variados temas, em uma coletânea de reflexões escritas ao longo de 45 anos, para despertar nos leitores, principalmente os mais jovens, uma paixão pela espiritualidade engajada, libertadora e penitente que todo cristão deve ter, a fim de aplicar na vida o que a profissão de fé exige . Esta é, assim, uma ótima dica de leitura para quem está em busca de discernir sua vocação. Por meio da experiência de vida deste grande pastor, que é o Pe. Zezinho, é possível se inspirar para trilhar a sua própria jornada.

3. Quando Deus chama

Pronunciamento do autor na abertura do Congresso Internacional dos Jovens Religiosos e Jovens Religiosas, realizado em Roma, em 1997, sob o tema “Vimos o Senhor”. A obra se apresenta não como uma conferência ou aula, mas como uma conversa “de igual para igual”, diz o autor, assumindo o papel do formador, que se identifica e se põe ao lado dos jovens religiosos seus irmãos. Depois de situar a vida religiosa como expressão da juventude da Igreja, aberta para o futuro e repleta de esperança, o autor analisa a vocação como um diálogo entre duas liberdades, a de Deus, que chama, e do consagrado, que acolhe o chamado à vida, à fé, ao dom total de si mesmo, no seio da Igreja e no meio do mundo.

4. O que você precisa saber antes do sim

Sabemos que, nem todos são chamados à vida religiosa e, que a vocação à família também faz parte dos planos de Deus para construção do seu Reino. Por isso, assumir com responsabilidade a escolha pelo casamento, se mostra igualmente importante, junto às outras vocações. Esta obra que indicamos é escrita especialmente para os casais que desejam se unir no sacramento do matrimônio, mostrando o que é preciso saber para se preparar de forma eficaz, assumindo a união, as crises e os desafios que o casal possivelmente enfrentará e a importância de sempre se manterem unidos no Senhor.

5. Vocação: um desafio de amor

É preciso abrir os olhos para o nosso chamado, a fim de que a nossa missão seja cumprida com triunfo. Esta obra irá nos despertar para a nossa vocação, aquela designada pelo Senhor, pois a cada um cabe, por meio do discernimento do Espírito, acolher a sua vocação nesta terra. Escrito por um dos maiores líderes católicos do país, Monsenhor Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova, o livro aborda em linguagem simples e descomplicada, o horizonte da vocação cristã. Livro ideal para jovens e pessoas que estão iniciando na caminhada da fé católica.

6. Ministério diaconal, história e teologia

Dividido em duas partes, este livro aborda inicialmente a história do diaconato, desde o contexto de seu surgimento, com os Sete helenistas, e então passa a tratar da teologia relacionada a esse ministério, analisando qual deve ser a contribuição do diácono no mundo atual. Além disso, há no fim do estudo uma linha do tempo que traça os principais personagens, acontecimentos e documentos que formaram a visão da Igreja sobre o “servir às mesas”.

7. O discernimento dos espíritos

No meio do caminho de nossa vida, a estrada que percorremos pode se tornar um tanto sombria: “Há caminhos que parecem retos ao homem e, contudo, o seu termo é a morte”. Por essa razão, a Santa Igreja não cansa de advertir sobre os diversos critérios para afastar as falácias e os engodos espirituais que seus filhos costumam experimentar. Esses ensinamentos, que compõe o Magistério e a santa Tradição, um tesouro indizível para o guiamento das almas, estão reunidos nesta obra clássica do Padre Scaramelli. Um livro essencial, que traz realismo à vida espiritual, sem falsas ilusões a respeito de nossas experiências, sem sentimentalismos superficiais, mas com estímulo à prudência, à temperança, inclinando-nos à humildade e nos desiludindo quanto às consolações sensíveis e às emoções passageiras dos sentidos, devoções, ladainhas etc.

8. Fazer boas escolhas no momento certo

Todos os dias, somos levados a tomar decisões. Há “pequenas” escolhas, aparentemente triviais, mas que podem ter um grande impacto para nós mesmos e para os outros. Às vezes, estamos em uma encruzilhada importante, ou temos que negociar uma mudança de rumo acentuada. São decisões que orientam nossa vida de uma forma decisiva e durável. Talvez nós mesmos nos coloquemos a pergunta sobre nossa vocação: matrimônio, sacerdócio ou vida consagrada. Nessas situações, muitas pessoas experimentam uma real dificuldade de escolher, decidir e, às vezes, pôr em prática.  Com base na certeza de que Deus quer nossa felicidade e sempre nos acompanha, o autor sugere maneiras de reconhecer nossos erros, e, desse modo, assumir e aceitar as consequências de nossas escolhas, permanecendo firmes em nossas decisões e assim aprender a viver com uma grande liberdade interior e de forma responsável e esclarecida.

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Por

Setor de Comunicação da Arquidiocese de Curitiba