Segundo o arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cezar Costa, durante a coletiva de imprensa a carta ao Papa Francisco “é uma saudação ao Santo Padre, manifestação da nossa comunhão com ele e também os temas gerais da assembleia e um agradecimento ao Papa pela riqueza de seu pontificado, aquilo que ele propõe à Igreja nesse momento”. Igualmente, o cardeal destacou na carta, que é privada, “a preocupação do Papa com as grandes questões que envolvem à humanidade hoje, a questão da paz, a questão da justiça, a questão das migrações e das pessoas que morrem no mar”.
Pela primeira vez se faz uma mensagem da Assembleia às comunidades católicas, enfatizou o arcebispo de São Paulo, cardeal Pedro Odilo Scherer, que trata da vida das comunidades. A mensagem inicia agradecendo “por tudo aquilo que de bom e belo existe para a missão”, por tudo o que é vivido e realizado nas comunidades. Igualmente o texto ressalta a santidade, com um número de “processos de beatificação e canonização como nunca houve antes”.
A carta dirige uma palavra de encorajamento sobre algumas questões, tendo como pano de fundo a sinodalidade: o diálogo, o respeito pelos outros, saber divergir sem brigar, insistindo em que “nossa fé não deve dividir, mas deve ser um elemento que ajuda a criar comunidade”. Igualmente ressalta a necessária comunhão com o Papa e com os bispos e o convite a não desanimar diante das dificuldades presentes, e à participação ativa na vida das comunidades e da sociedade. Finalmente, um chamado a ser preparar para o Jubileu 2025. Uma carta que pretende “encorajar, orientar, apoiar, respaldar a nosso povo católico”, enfatizou dom Odilo.
Sobre a carta ao prefeito do Dicastério dos Bispos, o arcebispo de Rio de Janeiro, cardeal Orani Tempesta, disse que é uma carta reservada ao cardeal Prevost, que trata sobre o que está sendo feito na 61ª Assembleia Geral da CNBB, “coloca os problemas que nós estamos enfrentando enquanto Igreja no Brasil, coloca as soluções que a nossa assembleia está propondo”. Igualmente a carta agradece ao prefeito pelas indicações ao Santo Padre para as 20 nomeações episcopais para a Igreja do Brasil desde a última assembleia”.
A Mensagem ao Povo Brasileiro, “um texto em certo sentido longo”, segundo o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, dada “a necessidade de abordarmos alguns elementos importantes”, que pretende ser uma mensagem de esperança, de futuro, da realidade política e climática, que aborda as eleições que se aproximam, lembrando os 60 anos de início da Ditadura e incentivando a cuidar a democracia, a violência no país, as guerras.
Dom Leonardo pediu a ajuda dos meios de comunicação para que essa mensagem chegue e ajude diante da situação de tensão, de conflitos, de muita violência que a sociedade brasileira vive, provocada pelas drogas, as fações e as palavras. Uma mensagem que faz um chamado à paz, também na floresta, para os povos indígenas, ameaçados pelo Marco Temporal. O cardeal insistiu em que essa mensagem que quer levar paz e esperança, e desarmar os ânimos “nem todo mundo lê como deveria ler”, em vista de fazer a convivência social mais importante.
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Padre Modino – Vatican News – Aparecida (SP)