Vozes do Sagrado, um projeto que promove a união das religiões pela paz

A apresentação de grupos artísticos formados por fiéis de diferentes religiões, mostra que as linguagens artísticas são instrumentos de união.

No último dia 18, aconteceu no Memorial de Curitiba a apresentação do evento anual Vozes do Sagrado, um encontro que reuniu expressões artísticas de diversas denominações religiosas da cidade. O evento, promovido pela Caravana Étnica Cultural, criada pela Assessoria de Promoção da Igualdade Étnico-racial de Curitiba, fez parte das comemorações da Prefeitura em homenagem ao mês da consciência negra, e teve neste ano o tema “Religiões unidas pela Paz”.

O espetáculo teve início com a apresentação do Coral e Orquestra Arquidiocesano Luz dos Pinhais, que abriu o festival com a oração do Pai – Nosso, cantado em Swahili, idioma africano e o Glória a Deus na versão do Quênia, deixando todos os espectadores do local muito emocionados. Em seguida, o coral, com a regência do maestro José Luis Manrique, entonou músicas sobre a Paz, primeiro a atualíssima “Oração de São Francisco” e depois a música “A paz”, que ficou conhecida na interpretação do grupo Roupa Nova.

Seguiu-se com a convocação de diversos líderes religiosos ao palco, dentre eles, católicos, protestantes, umbandistas e candomblecistas que lembraram que a paz em sua plenitude só pode ser alcançada com a efetiva justiça social. Os líderes também falaram sobre a importância de uma cultura antirracista e sobre a criação de momentos de comunhão entre diversas religiões para promoção do fim da intolerância religiosa.

O evento ainda teve a participação inédita de Roms e Calons, popularmente conhecidos como ciganos, que apresentaram suas danças e músicas típicas, além de uma roda de candomblé, animada por atabaques e dirigida pelo Baba Flávio Maciel, Coordenador do Fórum Paranaense de Religiões de Matriz Africana – FPRMA e pelo Babalorisá Alexandre de Oxossí.

Ainda Também se apresentaram no Vozes do Sagrado, o Coral Negro de Curitiba, que entoando uma canção africana e músicas cantadas pelos escravizados, falaram de amor, fé e esperança, apesar de toda dor sofrida pelo racismo e também o grupo musical anglicano Vocal Ruah, com belíssimas canções sobre Jesus Cristo.
A apresentação dos grupos artísticos formados por fiéis de diferentes religiões, mostrou que as linguagens artísticas são um poderoso instrumento de união, pois elas harmonizam diversas vozes para o desejo mais sagrado de todas as crenças, a de que possamos viver em um mundo repleto de Paz e de Respeito.

Para conhecer o projeto Caravana Étnica Cultural e os grupos apresentados acesse:

 

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Por
Maria Tereza Sobral Valusek – Integrante do CETEP
CENTRO DE TEOLOGIA PASTORAL- PUCPR