As grandes mães dos filmes animados que marcaram nossa infância

 

O Rei Leão

Rob Minkoff e Roger Allers, 1994

Infantil/musical – 1h28 – Disponível em Disney+

 

Tarzan

Chris Buck e Kevin Lima, 1999

Aventura/musical – 1h28 – Disponível em Disney+

 

Toy Story

John Lasseter, 1995

Comédia/fantasia – 1h17 – Disponível em Disney+

 

Por

Padre Tiago Felipe Polonha

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Estamos no mês de maio, mês dedicado às mães. Como celebramos esse dia tão especial no último domingo, para a reflexão dessa semana, queremos compartilhar o exemplo de três grandes mães do cinema. Em três animações que marcaram nossa infância, podemos observar o exemplo de mães corajosas e dedicadas, que com certeza, mesmo não sendo as protagonistas das histórias, são essenciais para todo o enredo. Escolhi para reflexão três mães diferentes, com diferentes estruturas familiares, mas com o mesmo amor aos seus filhos.

Sarabi, de O Rei Leão

Impossível falar de Rei Leão e não lembrar dos personagens principais Simba, Mufasa e Scar. Já Sarabi é uma personagem quase desconhecida e tenho certeza que muitos nem sabiam o nome dela, a mãe do Simba. Uma mãe gentil e amorosa, Sarabi sempre se mostrou uma grande incentivadora na sua família. Logo nos primeiros minutos do filme, quando Simba acorda de madrugada para ver o reino, é ela que encoraja Mufasa a mostrar tudo, a ensinar todas as lições para eu filho Simba. Mais tarde, quando o filho chama Nala para irem ao cemitério de elefantes, e acaba mentindo para mãe que vão ver algo muito legal no olho d’água, como uma mãe confiante, ela não prende seu filho, mas o incentiva a continuar desbravando os lugares. Claro que não sozinho, mas com a segurança e a companhia do pássaro Zazu.

Como não se compadecer de Sabari quando é anunciada a morte de Mufasa e de Simba, e o único sinal do coração partido de uma mãe é um grande silencio? Sarabi silenciou e se humilhou ao governo de Scar, mas manteve um coração sempre voltado ao seu filho. E quando Simba volta para casa no final do filme, é para a mãe que ele corre se apresentar e mostrar que estava vivo. Sarabi nos lembra tantas e tantas mães que lutam e sofrem pelos filhos, mas nunca perdem a esperança. Mesmo com o seu reino ruindo, ela soube esperar com confiança e liderou as outras leoas na batalha final, para retomar seu lugar. Mãe esperançosa, mãe incentivadora e mãe guerreira. Esse é o exemplo que Sarabi nos dá.

 

Kala, de Tarzan

Kala, a gorila mãe adotiva de Tarzan é talvez uma das melhores representações de mãe nos desenhos animados. O filme começa com Kala perdendo seu filho recém-nascido num ataque de uma onça. A mesma onça que atacou uma família de náufragos, deixando apenas um bebê como sobrevivente. É muito belo esse encontro entre um menino humano órfão e essa mãe gorila que luta contra a onça para salva-lo. Livre do perigo, Kala acaba adotando esse menino, a quem dá o nome de Tarzan.

Porém, Tarzan é um filhote humano e nem sempre é bem aceito pelos outros na selva. Aí vemos o carinho, a proteção e a paciência dessa mãe, que faz de tudo pelo seu filho, até mesmo discutir com seu marido. Mas apesar de toda essa proteção, Kala sabe que Tarzan precisa conhecer o mundo humano e tomar sua decisão de qual caminho ele quer seguir. Mesmo assim, Kala jamais deixa Tarzan de lado, e mesmo que ele seja um adulto, ela continua cuidando dele como seu pequeno filho muito amado. Kala é representação de toda mãe que faz de tudo por seus filhos. É sinal da proteção e cuidado constante, doando-se inteiramente por amor. A grande resposta de amor do filho acontece no final do filme, quando Tarzan desiste de ir embora pra Inglaterra, para continuar na selva ao lado de sua mãe. Um amor de doação verdadeiro nunca fica sem resposta.

Sra. Davis, de Toy Story

Toy Story nos conta a história de brinquedos que ganham vida quando ninguém está olhando para eles. Woody e Buzz já são tão presentes na nossa cultura principalmente quando falamos de amizade. Eles são os brinquedos do menino Andy. Mas por trás dessa história, temos a figura de uma mãe guerreira e batalhadora: a Sra. Davis. Não sabemos muito da história dela, mas a vemos na franquia como uma mãe solitária, que cuida de seus dois filhos, dando o máximo de si. O primeiro filme começa com a Senhora Davis organizando a festa de aniversário de 6 anos de seu filho Andy. Ela sozinha cuida da decoração e dos convidados e ainda consegue cuidar da bebê Molly. Sra. Davis também é a mãe que trabalha, que dirige, que leva as crianças para a pizzaria e faz de tudo para seus filhos. Como qualquer outra mãe, briga com seu filho para organizar o quarto, arrumar as coisas, não deixar brinquedos jogados em qualquer lugar, etc. É ela que dá de presente pra Andy o boneco Buzz, que era a febre do momento, e é ela que leva seu filho para o acampamento de férias, cuida da mudança e outros afazeres.

A Senhora Davis nos lembra tantas mães incansáveis que batalham no dia a dia para dar o melhor à sua família. Não tem nada de extraordinário na rotina da Sra. Davis. Ela não precisa salvar o filho de uma onça como a mãe de Tarzan, ou liderar uma grande batalha como a mãe de Simba. Mas ela sempre esteve presente nas coisas cotidianas e isso é o extraordinário. Ao fim do terceiro filme do Toy Story, quando Andy já crescido está indo para faculdade, por vezes vemos a Sra. Davis chorando de saudade do filho. Mas vemos também esse filho abrindo mão de seus brinquedos e fazendo uma das cenas mais emocionantes do cinema ao escolher doa-los para uma criança carente. Com certeza, reflexo da educação que a Sra. Davis deu a seu filho.

Nem sempre uma mãe precisa fazer coisas extraordinárias, mas no ordinário da vida, elas sempre estarão fazendo coisa espetaculares. Incentivadora, pretetora ou presença constante, a todas vocês mães, nesse mês dedicado a vocês, desejamos do fundo do coração muita felicidade e muitas bênção.

Deus os abençoe