Arquidiocese de Curitiba marca presença no encerramento da fase continental do Sínodo, em Brasília

A Assembleia Regional do Cone Sul da etapa do Sínodo foi promovida pelo Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM) e Caribenho, entre os dias 06 e 10 de março, no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília. O encontro envolveu representantes da Igreja Católica nos países do Cone Sul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile).

Fase continental Sínodo

O Sínodo foi convocado pelo Papa Francisco e tem como tema “Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão”. A intenção é conhecer a caminhada da Igreja Católica no mundo, possibilitando a renovação e a edificação da mesma. “A meta é a transfiguração sinodal e eclesial”, afirmou a presidente do CRB Brasil, Irmã Eliane Cordeiro de Souza, na mesa de abertura do evento. Padre Agenor Brighenti, que faz parte da comissão Teológica do Sínodo, afirmou que “sinodalidade é caminhar juntos, com toda a humanidade”.

Para contribuir nesta fase, o Brasil enviou cerca de 80 delegados(as), entre eles: bispos, padres, religiosos(as), diáconos e leigos. Estes últimos representando 52% da delegação do Cone Sul. Após um firme discernimento inspirados no sopro de Ruah (Espírito Santo), os delegados aprofundaram a leitura do documento de trabalho que trazia as sínteses coletadas no processo de escuta. O lema do encontro foi inspirado por Isaías: “Alarga o espaço da tua tenda!”.

A Arquidiocese de Curitiba marcou presença no evento através da participação da delegada Silvia Kreuz, representando a Rede Nacional de Católicos LGBTs. De acordo com Silvia, foi um processo único, de aprendizado e escuta, sem conflitos, mas de muito respeito à pluralidade de carismas. O resultado desta etapa trouxe importantes contribuições para o documento que deve ser enviado aos bispos para o primeiro encontro que será em outubro deste ano, no Vaticano.

Silvia Kreuz
Silvia Kreuz

Na opinião da delegada, entre os diversos temas abordados no documento, alguns merecem destaque:

  1. A participação das mulheres nos espaços de decisão, com valorização das jovens, das consagradas e das leigas.
  2. O diálogo com as diversidades e convite à participação na Igreja de povos originários, indígenas, quilombolas, pessoas negras, pessoas LGBTQIA+.
  3. Formação integral para a sinodalidade, em especial para o clero e agentes de pastoral.

“Somos um só Corpo, portanto não há sinodalidade sem unidade”, afirma Silvia. Com muita consciência em todo o processo, ela acrescentou que os participantes desta etapa acreditam na possibilidade de sermos uma Igreja Samaritana, servidora da humanidade.

“Ampliar o espaço na sua tenda significa superar a autorreferencialidade e sair às periferias, dilatando o Reino de Vida no Mundo”, concluiu.

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Com informações de Silvia Kreuz

Assessora de coordenação do grupo de acompanhamento pastoral com pessoas LGBTs  |  Coordenadora da Escola Arquidiocesana de Formação Fé-Política  |  Articuladora do Grito dos excluídos(as)