O Padre Kleina, em um momento de espiritualidade e reflexão, convida os fiéis a aprofundarem-se na quarta encíclica do Papa Francisco, intitulada Dilexit nos (Em português, “Amou-nos”), que destaca o amor incondicional de Cristo, particularmente através do culto ao Sagrado Coração de Jesus.
“Estamos aqui mais uma vez para refletirmos nesse momento de espiritualidade com uma certa especialidade.” – disse o Padre Kleina, apresentando a reflexão sobre a encíclica. Ele destacou a riqueza da Igreja ao longo dos mais de 2000 anos de história, sempre oferecendo algo novo para estudo e aprofundamento espiritual.
A encíclica Dilexit nos é dividida em cinco capítulos e aborda, de forma profunda, o amor de Jesus, com ênfase no símbolo do coração como expressão de sua compaixão e entrega à humanidade. Segundo o Padre Kleina, o Papa Francisco propõe refletir sobre a beleza espiritual do culto ao Sagrado Coração de Jesus, que remonta às Sagradas Escrituras e que hoje é apresentado novamente à Igreja com um olhar de renovação.
Os Quatro Temas Centrais da Encíclica
O Padre Kleina destaca os quatro grandes temas abordados por Francisco. O primeiro é a centralidade do amor. “O Papa Francisco, ele retoma o símbolo do coração, não como um mero conceito, mas como um centro unificador da pessoa, onde brotam os sentimentos e decisões essenciais.” O Papa Francisco convida todos a resgatar o significado profundo do amor, uma resposta ao ritmo acelerado e superficial da vida moderna, chamando-nos a um amor genuíno que ultrapassa as superficialidades do mundo atual.
O segundo tema tratado é o encontro e a conversão. O Papa Francisco ensina que o coração humano deve ser um lugar de abertura ao outro. “O Papa nos lembra que só podemos encontrar a Deus e nos reconhecer como amados se com o coração abrirmos espaço para o próximo e o acolhermos.” Em um mundo onde o narcisismo cresce, o Papa desafia-nos a ir além do egoísmo e nos convida a uma conversão verdadeira, abrindo espaço para uma comunhão sincera com Deus e com o próximo.
O terceiro tema aborda o chamado ao serviço e à paz. O Papa vê no coração de Jesus o convite à ação concreta. “A Encíclica nos orienta a contemplar o coração de Jesus como um convite para a ação. Um coração pacificado e sereno é o único capaz de promover a paz nas comunidades e no mundo.” O Padre Kleina reforça que esse amor não se resume a boas intenções, mas exige uma vivência concreta de justiça, especialmente para com os mais vulneráveis. “Francisco nos desafia a deixar que o coração de Cristo molde a nossa maneira de agir, tornando-nos promotores de um reino que se baseia na paz e na fraternidade.”
Finalmente, o Papa Francisco ressalta a importância da Eucaristia como um momento privilegiado de encontro com o Coração de Jesus. O Padre Kleina explica: “Na Eucaristia, o amor de Cristo se faz presente não apenas de forma figurada, mas de maneira viva e transformadora, convidando-nos a permanecer em seu amor através da comunhão.” A Eucaristia é descrita como um encontro pessoal com Cristo, no qual o coração dos fiéis se sincroniza com o Coração de Jesus.
Ao concluir, o Papa Francisco faz uma oração que conclama todos a viverem a transformação do Coração de Cristo em suas vidas: “Peço ao Senhor Jesus Cristo que, para todos nós, do seu coração Santo brotem rios de água viva para curar as feridas que nos infligimos. Para reforçar a nossa capacidade de amar e servir, para nos impulsionar, a fim de aprendermos a caminhar juntos em direção ao mundo justo, solitário e fraterno.” O Padre Kleina, com entusiasmo, conclui: “A Encíclica nos chama a uma intimidade mais profunda com Jesus, a uma vida enraizada no amor autêntico, e comprometida com a missão de levar esse mundo ao amor.”
Em suas palavras, o Padre Kleina nos desafia a refletir sobre a vontade de Cristo para nossas vidas: “Ao estudar este e outros documentos da nossa Igreja, nos aproximamos da vontade de Cristo para as nossas vidas.” Ele nos exorta a vivenciar essa nova encíclica sobre o Amor extraordinário do Sagrado Coração de Jesus, levando-a não apenas como um estudo, mas como uma vivência transformadora que pode mudar o mundo ao nosso redor, concluiu.
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Padre Kleina
Setor de Comunicação da Arquidiocese de Curitiba