O último dia da 43ª Assembleia do Povo de Deus começou com a celebração da Eucaristia, que foi presidida pelo bispo de Paranavaí e secretário do Regional Sul 2 da CNBB, dom Mário Spaki. Na homilia, refletindo sobre o Evangelho deste domingo, 24 de setembro, Dia Nacional da Bíblia, dom Mário explicou que as lideranças e sacerdotes presentes na assembleia são como os trabalhadores da primeira hora e que estes, ao contrário dos operários da parábola, devem testemunhar a alegria do Evangelho. “A Igreja é a vinha do Senhor e precisa oferecer alegria ao mundo”, destacou o bispo. “A nós, operários da primeira hora, cabe uma fidelidade, uma alegria, para que esses da última hora possam olhar pra gente e dizer: ‘é encantador, é evangélico e precisa ser seguido”. Ao longo da manhã, os participantes tiveram mais um momento de partilha livre no plenário. Em seguida, a secretaria de síntese da Assembleia, composta pelo padre André Boffo Mendes, da diocese de Toledo, e pela Flávia Carla Nascimento, da diocese de Ponta Grossa, apresentaram a síntese final, elaborada a partir das sínteses produzidas pelos grupos.
Padre André explicou que, após terem recebido as sínteses dos grupos, a síntese final que elaboraram é submetida para aprovação da presidência do Regional. Só então são aprovadas as conotações finais e oficias da Assembleia.
“Aquilo que ficou muito claro nessa Assembleia do Povo de Deus foi o destaque para o método utilizado. A partir do que veio dos grupos, nós conseguimos compilar em cinco grandes grupos temáticos: a pessoa de Jesus Cristo, o Espírito Santo, a comunidade eclesial, a Iniciação à Vida Cristã e a escuta. Nesses cinco círculos, conseguimos encaixar toda a experiência do ouvir, de colocar na centralidade o caminho sinodal e de que não temos respostas prontas”, relatou padre André.
Para a irmã Angela Soldera, coordenadora da Animação Bíblico-catequética da arquidiocese de Londrina, a expectativa é que a partir desta assembleia, sejam assumidos pontos em conjunto na Igreja do Paraná para caminhar em unidade e fortalecer a vivência cristã, especialmente no que diz respeito ao ministério do catequista, instituído pelo Papa Francisco. “Quando a gente fala do ministério do catequista, a compreensão que eu tenho da carta do Papa é que não é apenas para catequistas de crianças e adolescentes, mas também os catequistas da Pastoral do Batismo, dos noivos, tantas outras dimensões que estão aí na formação. Então, acho que esse é um projeto que devemos assumir em conjunto e delinear os caminhos para que aconteça”, destacou a irmã.
A representante da coordenação da Animação Bíblico-catequética da diocese de Apucarana, Virgínia Feronato, salienta também a importância de estar junto com as lideranças da Igreja do Paraná, para refletir a caminhada do Regional. Nesse sentido, ela destaca especialmente o método da conversa espiritual, que possibilitou uma experiência espiritualizada de reflexão, que será levada para os trabalhos nas dioceses, bem como a reflexão sobre a caminhada que precisa avançar, tanto no que diz respeito à sinodalidade, como à Iniciação à Vida Cristã. “Que a gente continue trabalhando nessa Igreja, tomando cuidado com os riscos que nos foram apresentados: o risco do clericalismo, do intelectualismo e do comodismo, para que a Igreja caminhe e que o nosso Regional continue caminhando como ponto de unidade”, finalizou.
Para o secretário executivo do Regional Sul 2, padre Valdecir Badzisnki, essa assembleia teve um caráter original por acrescentar a metodologia do Sínodo. “Adotar o método da conversa espiritual para a nossa Assembleia trouxe algo novo às partilhas gerando maior participação, leveza e eclesialidade. Os participantes entraram na dinâmica sinodal, na qual não é a voz da maioria que prevalece, mas sim a voz do Espírito Santo. Dessa forma, percebo que a síntese final expressa, mais verdadeiramente, para o caminho que o próprio Deus está nos apontando”, disse o padre.
A Assembleia foi concluída com um momento de oração, seguida das palavras de agradecimento e da benção final, proferida pelo arcebispo de Londrina e presidente da CNBB Sul 2, dom Geremias Steinmetz.
Juliana Mastelini Moyses – Jornalista da Arquidiocese de Londrina
Fotos: Wellington Ferrugem – PASCOM da Arquidiocese de Londrina
Via CNBBSul2.org.br